O policial civil Anderson Silva, que estava no caixa eletrônico na agência da Caixa Econômica durante a tentativa de assalto, viu um policial militar se aproximando e o chamou para ajudá-lo a enfrentar os assaltantes.

- Sou policial civil. Vamos enfrentar esses caras.

- Vamos lá!

O policial civil seguiu na frente e foi atingido com um tiro na cabeça pelo falso PM – que era um dos assaltantes.

Na tentativa de assalto a agência da Caixa, na Rua João Pessoa, tem alguns pontos nebulosos:

Ninguém se aventura a uma ação arriscada, sem a colaboração interna. A localização da agência, a dificuldade de fuga devido à aglomeração de pessoas e ao trânsito intenso, são obstáculos que o assaltante não ousa enfrentar – exceto se tiver a cobertura de alguém.

E, tudo indica que tinham sim; alguém dentro da agência bancária é cúmplice do bando – e esse cúmplice matou o vigilante, exatamente para não ser descoberto.

Outro ponto é a facilidade como se consegue fardas militares.

Mais um ponto nebuloso é que, de ordinário, no ano pré-eleitoral os assaltos a agências bancárias se tornam freqüentes.

Finalmente, o ponto nebuloso mais intrigante: tem alguém sacolejando a cadeira do secretário Paulo Rubim.