Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam não.
Pois é: o tempo do governo Lula no poder separou o governador tucano Téo Vilela do senador Renan Calheiros.
Mas, Einstein falou que a distância é medida relativa; no dia que o homem alcançar a velocidade da luz ela (distância) deixará de existir.
Na política também tem a relatividade, com a vantagem de que a distância que separava Téo de Renan não precisa que o homem atinja a velocidade da luz para ser eliminada.
Já foi.
Bastou o senador João Tenório admitir não disputar eleição para o Senado e a distância entre Téo e Renan já começou a ser eliminada.
É verdade que ainda não se deu o anúncio oficial da desistência de João Tenório – que deve disputar uma vaga de deputado federal; é verdade que muita água ainda vai rolar por baixo da ponte; e é verdade também que o governador Téo Vilela não declarou apoio oficial a Renan.
Nem vai declarar assim publicamente, e isto por conveniência partidária no contexto nacional; Renan é aliado do presidente Lula e vai apoiar a candidata dele à presidência da República, e Téo apoiará o candidato do PSDB.
Mas, João Tenório não vai desistir da candidatura ao Senado sem motivo forte – e o motivo forte é a distância que não deve haver entre Téo e Renan.
Tenório vive o dilema de disputar a eleição para o Senado e manter Téo afastado de Renan; e disputar uma vaga na Câmara Federal e concorrer dentro de casa com o sócio José Thomaz Nonô – que deseja reaver o mandato na Câmara.
O processo sucessório em Alagoas tem essa peculiaridade de ser um processo onde a Teoria da Relatividade pode decidir a eleição.