Conforme tinha dito no meu Primeiro Artigo, este espaço tem a pretensão de divulgar questões relacionadas aos mais variados temas e segmentos.
Pois bem!
Conversando com alguns conhecidos que fornecem cana para as usinas, estes disseram que estavam recebendo em torno de R$ 15,00 a menos pela tonelada em comparação ao preço praticado pelas usinas de outros estados, mencionando Pernambuco como exemplo. Segundo eles, o valor pago em Alagoas pela tonelagem da planta colhida no mês de setembro foi de R$ 38,00. Para o mês de outubro será de R$ 44,00 – ao passo que no estado vizinho já é de R$ 59,00. As queixas não pararam somente nesse ponto. Reclamaram pra “dedéu” dos atrasos no pagamento e falaram um “caminhão trucado” sobre o abandono e descaso como são tratados.
Sei que a questão é polêmica e merece um debate mais acurado, especialmente porque envolve uma série de fatores dos quais ainda não domino – custo de produção, planilha de preços, encargos, e aí vai... Portanto não me sinto apto a proferir opinião concreta a respeito, mas fica difícil compreender que o estado de Pernambuco tenha o combustível mais barato que o nosso, trabalhando com um custo de R$ 15,00 a mais somente no fornecimento da cana, sem levar em consideração os demais componentes da planilha de produção.
Já me falaram que o mercado é regulado pelos índices internacionais da cotação do açúcar, ficando a coisa mais complexa do que se imagina.
Cá pra nós! Essa tal de cotação internacional vive quebrando economias. Que digam os citricultores. 
Mas vamos lá ao que nos afeta diretamente, pobres e “dependentes do álcool nosso de cada dia”: qual o motivo do nosso combustível ser tão caro na bomba dos postos? Com quem está ficando a maior  fatia do nosso dinheiro? Será que a culpa é do transportador pelo valor do frete cobrado em razão da “grande distância percorrida” entre a usina e o distribuidor? Os fornecedores têm razão de reclamar? Será que os empresários do setor são os verdadeiros vilões? E o governo municipal, estadual e federal? O usineiro é sempre o lobo mal da estória?
Aconselharam a não me meter nessa questão, pois envolvia “peixes grandes”. 
Mas menino! Eu só quero entender... Posso?
E como já diziam: “perguntar não ofende”.