Quase 500 anos após a revolta do frei Martinho Lutero, que levou ao protestantismo, o Vaticano adota medidas que marcam a história do Cristianismo.

A revolta de Lutero não se deu por questão teológica; o frade se revoltou com o Vaticano porque sua ordem religiosa não foi escolhida para comandar a arrecadação do dinheiro das indulgências.

Mas, o que ficou para o grande público foi o cisma marcado por divergências quanto aos dogmas. Pura alegoria, todavia a humanidade gosta e segue as alegorias.

Da mesma forma, a opção dos Estados Unidos pelo protestantismo é meramente econômica; é da lógica imperialista não aderir a crenças, senão, como controlar os costumes?

Além de terem optado pelo protestantismo, os Estados Unidos tentaram criar uma religião do Tio Sam; eles inventaram um tal de Smith, que ilustra a Bíblia dos Mórmons – que não difere da Bíblia comum, exceto pelo Smith.

Não deu certo.

A recente medida do Vaticano, abrindo vagas nos Estados Unidos para pastores que desejam ser padres, é algo inacreditável; um verdadeiro milagre de São Pedro, porquanto existe pelo menos uma centena de pastores pleiteando trocar o terno pela batina.

A medida do Vaticano é ainda mais revolucionária, porque não faz restrição quanto ao estado civil do pastor – que pode ser casado. A única restrição é que não pode chegar a bispo, por conta do requisito celibatário para chefia da Diocese - que se mantém como condição sine qua non.

Mas, por que nos Estados Unidos?

Vamos recapitular: graças ao papa João Paulo II a religião derrotou o anti-Cristo na Europa sem disparar um tiro. Enquanto o poderoso exército dos Estados Unidos não conseguiu impedir o comunismo de se instalar na Coréia e no Vietnã, o exército desarmado do Vaticano derrubou o Muro de Berlim e rasgou a Cortina de Ferro que separava a Europa Cristã da Europa Marxista-Leninista.

O feito do papa João Paulo II foi tão estupendo, que o presidente Bush, que é evangélico-bebum, mas evangélico da mesma seita da senadora Marina Silva, teve de se render a Sua Santidade.

O papa João Paulo II não teve tempo de implementar a política ecumênica que defendeu, mas, seu substituo, Bento XVI, para plagiar meu amigo major Buriti, é o operacional. O primeiro papa chamado Bento (Bento VI) entrou para a história por ter sido um dos cinco papas assassinados; e Bento XVI entrará para a história como o operacional do legado deixado por João Paulo II.

E tudo isto, amigos internautas, porque os Estados Unidos querem dar um freio na expansão islâmica; não é coincidência a eleição do presidente Barack Obama, de raiz negra e procedência mulçumana – mas, ele mesmo cristão- evangélico.

Arrisco em dizer que o próximo papa será negro; assim como os Estados Unidos elegeram o primeiro presidente negro, o próximo papa deve ser negro.

Já houve papas africanos. Vitor I, Melquíades e Gelásio foram papas nascidos na África, mas nenhum era negro.