O amigo internauta trabalha no Incra? É guarda de trânsito da SMTT?
Pois se, igual a mim, não é nada disso, o que então temos a ver com a burocracia do Incra que não encaminhou a desapropriação de terra ou com o guarda da SMTT que multou motoristas de Vans do transporte alternativo?
Somos até simpáticos ao movimento dos que exigem terra para trabalhar; somos contrários ao absenteísmo, mas o poder público está sendo complacente demais com os protestos que impedem o sagrado direito de locomoção.
Para mim, a Constituição Federal é mais sagrada que a Bíblia porque trata do direito real; do direito aqui na terra – que é e deve ser imediato. O direito espiritual, esse, se eu tiver trato depois lá no céu com quem de direito.
Estão ferindo a Constituição Federal e uma sociedade cuja Carta Magna é flagrantemente vilipendiada caminha em direção ao caos. Hoje fere-se o direito à locomoção, amanhã fere-se outros direitos.
Os sem-terra fecham rodovias ferindo os direitos dos outros e fica por isso mesmo. O poder público tem sido conivente com essa libertinagem.
Os motoristas de vans, que foram multados por guardas da SMTT por terem se desviado da rota oficial, em protesto fecharam a Avenida Durval de Góes Monteiro causando transtorno à população.
É certo?
Quem tinha compromisso chegou atrasado; quem estava atrasado se desesperou e tudo porque os motoristas de vans acharam que a sociedade deveria pagar pelo erro deles ou, no mínimo, ser obrigatoriamente solidária à causa.
Esses movimentos para fechar rodovias podem ser enquadrados como perturbação da ordem pública e cerceamento de direitos constitucionais. Logo, os responsáveis devem ser punidos seja quem for; nenhuma categoria profissional pode se sobrepor ao direito da maioria.
Se a burocracia do Incra não funcionou, esse é um problema exclusivo dos sem-terra; se os guardas da SMTT exageraram contra os motoristas de vans do transporte alternativo, esse não é um problema que diz respeito à sociedade como o todo – diz respeito a uma categoria.
Mas, se a sociedade está sendo prejudicada; se a Constituição Federal está sendo desrespeitada, aí sim, é um problema social que deve ser resolvido inicialmente pela comissão de gestão de crises e, se em meia hora não encontrar a solução, o BOPE com cassetetes elétricos, spray de pimenta, bomba de gás lacrimogêneo e bala de borracha deve entrar em ação porque a Carta Magna do País está sendo ameaçada.
Não é nem para defender a sociedade! O BOPE deve entrar em ação para defender a Constituição, porque uma sociedade sem lei e sem ordem a gente já sabe onde vai parar.
E se não for assim, então vamos protestar; vamos fechar a Fernandes Lima, a Durval de Góes Monteiro e a Gustavo Paiva em protesto contra os protestos que protestam fechando rodovias.
Que tal?