O ex-vereador Marcos Alves pode ter reagido por pirraça quando denunciou o rateio de dinheiro entre os vereadores em Maceió, mas não faltou com a verdade; o rateio é uma prática antiga e contempla a todos os vereadores – ou quase todos.
Sobram mensalmente R$ 500 mil – que é a diferença entre o que a Câmara efetivamente necessita e o que recebe, para mais, no duodécimo.
Um ex-vereador – e não foi Marcos Alves – informou ao blog que, em 2005, sobraram no final do ano mais de R$ 5 milhões – que foram rateados segundo o grau de importância do vereador; os que integravam a Mesa Diretora receberam mais.
O ex-vereador informante do blog disse que o dinheiro rateado é contabilizado como indenização de restituição – que é uma rubrica contábil criada pela fértil imaginação dos representantes municipais.
A sobra mensal de dinheiro continua, porque o duodécimo da Câmara é maior que as reais necessidades da Casa. E, como ninguém faz nada, o consumidor que se vire para pagar os impostos municipais.
Afinal, para que serve mesmo vereador?