O político também costuma dizer o que não pensa em fazer. Diz por dizer; promete por dever do ofício do político de prometer para ganhar o voto do eleitor incauto. Mas, engana-se quem pensa que esta é uma prática do político brasileiro; não é. É sim a prática do político em geral, seja no primeiro, no segundo ou no terceiro mundo.
A diferença é apenas o eleitor; no primeiro mundo o eleitor tem memória aguçada e longa, enquanto no resto do mundo e, especialmente no Brasil, o eleitor tem memória retardada e curta. Esquece-se facilmente uma promessa de campanha ou, pior, tolera-se o engodo político.
No caso da oferta de R$ 1 milhão do governo do Estado, para as obras de ampliação e recuperação do Estádio Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca, tem-se duas verdades evidentes:
1) A oferta foi feita
2) O dinheiro não chegou a Arapiraca
E duas verdades cruciais:
1) O prefeito Luciano Barbosa aceita de bom grado a ajuda.
2) O Estado não disponibilizou o dinheiro.
A informação passada ao blog e confirmada por um diretor do ASA, que recebeu a mesma informação, é de que as divergências políticas com o governo do Estado levou o prefeito Luciano Barbosa a recusar a ajuda – e o prefeito negou ao afirmar que se trata de boato. Mas, o que é boato: a oferta do governo do Estado ou a negativa do prefeito – que não queria a ajuda?
Para esclarecer a dúvida só há um caminho: o governo do Estado libera o dinheiro prometido. Se o dinheiro estornar então o boato torna-se verdade absoluta.
Por enquanto, o prefeito Luciano Barbosa parece estar com a razão; há dias ele procura saber onde está o dinheiro prometido, mas em vão.