Minha colega aqui do cadaminuto, Teresa Cistina, uma as novas estrelas do jornalismo alagoano, contou-me que os assaltantes que atacaram a agência do Banco do Brasil, na Serraria, tranqüilizaram as vítimas dizendo que apenas queriam o dinheiro do Estado.
Que bom! Com exceção do susto, nada mais atingiu o público – ainda que alguém tivesse perdido três carros, dois deles já recuperados.
O colega Eduardo Cardeal, que há quinze dias foi obrigado a se manter falando no microfone da Rádio Correio, com uma arma apontada para a sua cabeça, enquanto a emissora estava sendo assaltada, contou-me que durante o assalto o Ricardo do controle-mestre consultou o relógio e viu que estava na hora de colocar o comercial no ar – e não hesitou em pedir ao assaltante para se ausentar do local onde estava sendo mantido como refém.
- Pode ir – disse o assaltante – mas, não demore. Estou lhe vendo daqui.
E assim, graças ao bom ladrão, o comercial da Rádio Correio foi ao ar conforme a programação. No históricos dos assaltos em Maceió, ainda bem, tem lances pitorescos que só podem ser registrados graças ao senso de humor – ou seria de responsabilidade? – dos assaltantes.
Minha colega aqui do cadaminuto, a Gilca Cinara, outra nova estrela do jornalismo alagoano, foi abordada por um bom ladrão na noite de quinta-feira. O assaltante lhe pediu o celular e se queixou porque está ultrapassado; o assaltante queria um celular top de linha, mas aceitou dialogar. Devolveu o celular à Gilca e lhe pediu dinheiro - que ela negou dizendo que não tinha e ele aceditou; nem pediu para abrir a bolsa e, assim, deixou a Gilca com os 50 reais na carteira.
Minha cunhada, que tem uma loja de plantas, de tão calejada com assaltos desenvolveu a técnica de encarar o assaltante e manter com ele diálogo proveitoso. Da última vez que foi atacada, quando dois assaltantes levaram a Ranger de sua filha, minha cunhada conseguiu arrancar a informação de que apenas o motor da camionete interessava.
Os assaltantes agiam sob encomenda de um fazendeiro, que queria o motor a diesel para irrigar a plantação.
Moral da história: e se não fosse o bom ladrão – que tem sido gentil, apesar do trabuco?!