As falhas no inquérito sobre a chacina da Gruta, quando foram assassinadas a deputada federal Cecy Cunha, o marido dela e dois familiares, impedem até hoje a Justiça de julgar os “culpados” apontados na investigação.
Uma fonte do Judiciário apontou para o blog duas falhas primárias no inquérito:
- Não foi quebrado o sigilo telefônico e bancário da deputada Cecy Cunha.
- Não foi anexada as provas materiais, ou seja, as armas, apesar do inquérito apontar os acusados como réus confessos.
A ausência da quebra do sigilo telefônico e bancário da deputada Cecy Cunha deixou sem respostas quem a ameaçava por telefone e, especialmente, se é verdade que ela recebeu R$ 2 milhões para aceitar a candidatura a vice-governadora.
E a ausência das provas materiais, ou seja, as armas usadas nos crimes, coloca em dúvida a condição de réus confessos para os acusados. Se eles confessaram os crimes, nada justificaria omitir o destino que deram às armas.
- É perfeitamente natural que o criminoso relute em confessar o crime, mas, quando decide confessar ele (criminoso) entrega todos os detalhes. Se destruiu as provas do crime, no caso, as armas; se venderam as armas; se jogaram as armas no mar, esses detalhes eles entregam quando decidem confessar porque não é mais importante, se ja decidiram contar tudo – disse o informante ao blog.
Pois é; a impunidade em Alagoas tem várias vertentes e já não se sabe o que é pior: o inquérito que não é feito ou o inquérito mal-feito?