Uma secretária fuxiqueira e um motorista ventoinha, e está pronta a receita para uma crise política no País. Depois, sabe-se muito bem como termina esses casos – a secretária e o motorista são condenados por não merecerem confiança; nem mesmo os que os usam e abusam lhe dão guarida depois que o turbilhão passa.
Lembram-se da secretária e do motorista que ajudaram a derrubar o presidente Fernando Collor? Pois é; eles viraram leprosos. O Eriberto ganhou um emprego na sucursal da revista IstoÉ, em Brasília, mas sem direito a dirigir. Virou porteiro e nem sei se ainda está no emprego.
Mas, vale tudo; para os que se prestam ao papel de dedo-duro valem os quinze minutos de fama. E para a oposição vale o fim que justifica os meios escusos que utilizam.
Querem porque querem pegar a ministra Dilma Rouseff repetindo o mesmo script da peça que levou ao impeachement de Collor. E entram em cena os mesmo ridículos atores, com caras de bons moços. Agora sejam!
E entrou em cena é o senador Eduardo Suplicy, para cobrar com bastante atraso o que todos já sabem sobre o senador José Sarney desde o descobrimento do Brasil. O cinismo é generalizado e eles agem assim porque ainda tem crédulos dispostos a darem crédito ao que dizem.
E por que o Suplicy demorou tanto tempo para questionar Sarney? Porque antes não interessava; antes não dava holofote da televisão.
É tudo espetáculo de quinta categoria. Não há sinceridade, nem preocupação com a ética. O senador Renan Calheiros tem razão: Narciso acha feio tudo o que não é espelho.