A questão não é o mico que os jogadores do CSA pagaram quando caíram no conto do empate e comemoraram a classificação na Série D. A questão é a especulação que leva à dúvida atroz: quanto o Sergipe pagou pelo mico e quem recebeu o dinheiro?
Todos sabem que a CBF mudou o critério para desempate nas suas competições; antes era pelo saldo de gols e agora é pelo número de vitórias – o que é mais justo.
É inacreditável que um dirigente de futebol, ou alguém que viva diariamente o futebol, e entre esses se incluem profissionais de imprensa, não saibam o regulamento de uma competição.
Admite-se a desinformação do torcedor e do jogador, mas do dirigente nunca! No mínimo, o dirigente pecou pela irresponsabilidade de assumir uma função para a qual não tem competência. Seria um simplório, um inocente pueril, o que não dá para acreditar.
O mico
A proposta foi feita pelo goleiro e o quarto-zagueiro, ambos conhecidos e que não citarei os nomes porque a conversa com o Paranhos foi reservada.
Pois bem; apesar da reação do Paranhos, o quarto-zagueiro combinado com o goleiro atrasou uma bola; o goleiro fingiu ter escorregado e Paranhos deu aquele pique e evitou, no carrinho, o gol da zebra. A torcida aplaudiu o esforço, sem saber que no vestiário quase houve uma briga de dois contra um.
Esse submundo do futebol é que me deixa com a pulga atrás da orelha – e a dúvida atroz: será que foi assim mesmo como dizem que foi ou será que o Sergipe pagou pelo empate?
Os jogadores do CSA contaram que faltavam ainda 20 minutos para terminar o jogo quando receberam ordem para segurar o empate – que beneficiou o Sergipe.