Diz-se com propriedade que a historia oficial é, no mínimo, simplória. Não é só a história oficial do Brasil, mas a história oficial da humanidade. Suprimem-se fatos relevantes, dramatizam-se atos comuns, elegem-se falsos heróis e por aí vai.
A história oficial da independência do Brasil, por exemplo, contenta-se no gesto teatral de Pedro I como se alguma Nação pudesse se tornar livre no grito. E omite o mais importante, porquanto é a origem do endividamento externo: o Brasil pagou 2 milhões de libras a Portugal pelo grito de dom Pedro I.
Sobre a invasão holandesa contam-se maravilhas, verdadeiras epopéias capazes de sensibilizar o leitor menos exigente. Mas, não contam que o Brasil pagou para que os holandeses fossem finalmente embora da região.
A invasão holandesa no Brasil não terminou com a Batalha dos Guararapes, como registra a história oficial, mas numa mesa de negociação com o Brasil concordando em pagar 1 milhão e 900 mil cruzados à Holanda como indenização. Só assim os holandeses se comprometeram a não perturbarem mais.
O dinheiro que o Brasil pagou à Holanda para ficar com o Nordeste saiu do bolso da sociedade, na condição de imposto. Seria o caso de a sociedade ter sido informada da transação, mas isto tornaria irrelevantes os atos de bravuras dos heróis que a história oficial consagrou.
A dúvida persiste, caros internautas: quando é mesmo que a história não é estória?