O senador Teotônio Vilela, o pai, visitou o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Luiz Inácio, o Lula, durante o período em que foi preso por ter comandado a greve histórica que paralisou o ABC paulista no final da década de 70.
Lula estava incomunicável, logo, não poderia receber visitas, mas o velho Teotônio deu um jeitinho com a ajuda do então delegado extinta Dopse Romeu Tuma - que na época era apenas o xerife, não era senador.
O velho Teotônio contou a mim, ao Dênis Agra e ao Cláudio Humberto Rosa e Silva que aceitou a sugestão de Romeu Tuma para entrar na sede da Dopse no portamalas do carro particular do delegado, um Opala preto, e, assim, despistir a imprensa - que fazia plantão na porta da delegacia - e os curiosos.
O velho Teotônio conversou reservadamente com Lula, no xadrez, e saiu de lá impressionado com o líder sindicalista que colocou no bolso todas as liderança de esquerda e decretou a morte dos Partidos Comunistas no País.
Em outra oportunidade, encontramos o senador Teotônio Vilela com um livro de autoria do general Golbery do Couto e Silva e o Dênis Agra tirou uma brincadeira:
- Lendo o Golbery, senador?
- É. A gente tem que saber o que o inimigo está pensando.
Essas duas histórias servem para ilustrar o histórico de Lula. A prisão dele, no final da década de 70, serviu para solidificar a sua carreira política e enterrar todo a esquerda carcomida; e o livro do general Golbery, que o velho Teotônio leu para entender o pensamento do inimigo, pôs mais dúvida sobre o surgimento de Lula como fato novo da política brasileira - alguém logo espalhou que Lula era uma invenção de Golbery.
Caros internautas, só uma coisa é certa: Lula é o presidente da República mais inteligente desde 1889. O reconhecimento do presidente dos Estados Unidos, Baracko Obama, sobre a sua liderança internacional, mostra que a história de Lula vai além do ABC paulista.
O que o amigo internauta acha? Lula merece o terceiro mandato ou vamos fazer tudo de novo elegendo outro presidente?