Os Projetos de Lei (PLs) de origem governamental concedendo reajuste salarial de 5% e 7% para os servidores públicos em geral e para o magistério, respectivamente, foram aprovados por unanimidade na tarde desta quarta-feira, 02, em sessões ordinária e extraordinária na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). 

As votações ocorreram um dia após a aprovação dos pedidos de urgência na tramitação dos PLs, feitos pelo líder do governo na Casa, deputado Ronaldo Medeiros (PT).

Durante as discussões, o deputado Rodrigo Cunha (PSDB) criticou a abertura pela Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (SEE), de processo seletivo para a contratação de professores monitores quando, segundo o parlamentar, já existem cerca de quatro mil contratados de forma precária. Cunha lembrou que há um cadastro de reserva que poderia assumir as vagas e disse que a contratação de monitores fragilizou o movimento grevista.

“O próprio governador demonstrou que a mobilização dos professores foi mínima, que não teve o impacto alardeado. O movimento não foi sentido porque nós temos monitores exercendo a função de ensino”, analisou o tucano.

Ronaldo Medeiros esclareceu que o governador sempre respeitou o movimento, “ao contrário de outros estados, onde a polícia até agrediu professores” e explicou que o Estado está investindo muito na educação, inclusive tirando do papel o projeto da escola em tempo integral. Sobre os monitores, o líder do governo lembrou que vários estados, entre eles São Paulo, usam essa forma de contratação devido a impedimentos legais para a realização de concurso público.

Em relação ao reajuste, Medeiros voltou a frisar que, embora o percentual não seja “o que os professores merecem”, o governador fez o máximo pra dar um reajuste maior que outros estados com economia melhor que a de Alagoas.

“O secretário e vice-governador Luciano Barbosa está imbuído da melhoria da educação, diferente do governo passado, que nomeou mais de sete, oito secretários... Foi uma secretaria cigana e não se implementou nenhum projeto importante para educação em Alagoas”, alfinetou Medeiros ao final de sua fala.

Jó Pereira (DEM) concordou com Cunha que a contratação precária fragiliza a educação, mas elogiou Renan Filho (PMDB) por oferecer 2% a mais aos servidores da área, sendo um dos estados que concedeu o maior percentual no momento de crise.  “Com isso, o governador mostrou que diferenciou, que prestigiou esses servidores. Foi uma atitude positiva”, pontuou a deputada.

Sinteal

Os servidores públicos cobravam reajuste de 6,47% e os funcionários da Educação, uma reposição de 13,01%. Em entrevista ao CadaMinuto, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, disse que a entidade só irá se pronunciar após a reunião que acontece na sexta-feira, 04, às 17h, com o secretário Luciano Barbosa.

Consuelo Correia disse ainda que a aprovação do reajuste será discutida em assembleia da categoria marcada para terça-feira,  08, às 8h, na sede do Sinteal.

*Colaboradora