Operação da PF desarticula grupo de extermínio e tráfico de drogas em Alagoas

01/07/2015 07:24 - Polícia
Por Karine Amorim
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (01), uma operação com o intuito de desarticular um grupo de extermínio, formado também por agentes públicos, que atuava no município de Pilar. O grupo também possui envolvimento com o tráfico de drogas, roubo e comércio ilícito de armas e munições. Até o momento, 11 pessoas, entre elas um policial militar reformado, foram presas. Denominada de Tombstone, a operação faz referência ao filme Tombstone – a justiça está chegando.

Cerca de 130 policiais federais, incluindo operadores do Comando de Operações Táticas da PF, cumprem 12 mandados de prisões temporárias, um mandado de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela Justiça Estadual. Além de Alagoas, a PF também cumpre mandados em Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

Durante o cumprimento de mandado, um policial militar reformado reagiu à prisão e foi baleado no abdômen após ameaçar e apontar a arma contra os policiais federais. O militar foi socorrido, encaminhado a um hospital em Maceió e não corre risco de morte.

De acordo com a PF, o grupo de extermínio era composto por agentes públicos, que agiam sob a justificativa de promover a redução da criminalidade. Um inquérito foi instalado em julho de 2014 após serem constatados casos de homicídios ocorridos no período de 2013 a 2014 na cidade de Pilar.

“Iniciando investigações sobre tais ocorrências na região, nesse período, foi identificado o grupo de extermínio, constituído, inclusive, por agentes públicos que agiam de forma violenta e sistemática sobre o falso motivo de promover uma redução da criminalidade local”, informou a PF por meio em nota. 

Ainda de acordo com a Polícia, para manter o seu anonimato, o grupo executou não somente criminosos, mas também possíveis testemunhas.

Os presos serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas e posteriormente encaminhados ao Complexo prisional. Os autores responderão, conforme sua participação, pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas e munições. As penas culminadas podem superar a 30 anos de prisão.

A PF informou ainda que após o cumprimento dos mandados judiciais, dos resultados dos interrogatórios e dos depoimentos e da análise do material apreendido, a PF dará prosseguimento à investigação para dar maior consistência legal necessária para o indiciamento da associação criminosa, bem como colaborar no esclarecimento das mortes que ocorreram na região e que ainda necessitam de elucidação.

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