Zabumbas da CUT e da esquerda silenciaram no governo Renan Filho

26/05/2015 14:17 - Geral
Por Davi Soares
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O nível de compreensão da base sindical do funcionalismo público de Alagoas jamais atingiu o patamar tão elevado quanto o atual. Mesmo diante da falta de perspectivas do cumprimento da lei estadual que garante o gatilho que restaura o poder de compra do trabalhador contra as perdas da inflação, somente os sindicatos dos policiais civis (Sindpol) e dos agentes penitenciários (Sindapen) iniciaram mobilização em favor de melhorias salariais.

O mês do trabalhador se aproxima do fim, com a má notícia sendo construída aos poucos pelo discurso oficial, mas de forma definitiva. Não haverá a reposição da inflação exigida por lei, por conta de outra lei. E a “desculpa” da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que irritava a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e os ex-opositores de Teotonio Vilela Filho (PSDB) agora também serve ao governo de Renan Filho (PMDB) e não mais tem o poder de incendiar a militância sindical.

A CUT petista, duplamente governista em Alagoas, e os seus sindicatos filiados não tocam mais zabumba, como fizeram do primeiro ao último ano da gestão tucana. O conformismo sindical é o cenário ideal para o governo peemedebista. E todo o funcionalismo deve estar aplaudindo a indiferença de seus representantes, dentro do governo e nas bases.

Como já registrou a jornalista Eliane Aquino, o ex-presidente da CUT em Alagoas, Izac Jacson, tem sido voz isolada contra a forma como tem sido calculado o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pelo Estado e pela Prefeitura de Maceió. Uma postura que era regra, transformou-se em exceção, no contexto político atual.

E como se não bastasse o limite da LRF em si, o governo peemedebista sustenta o arrocho financeiro em uma decisão judicial que bem que poderia ser confrontada política e juridicamente pelos gestores que até bem pouco tempo pregavam a capacidade de fugir da “lógica perversa” do governo tucano.

A lei do menor esforço é o que prevalece. E enquanto a zabumba não tocar, talvez o arrocho cresça com cada vez mais argumentos de uma lógica reversa, que conta com a compreensão contemplativa das bases sindicais, politicamente comprometidas com o novo cenário de dilapidação dos direitos dos trabalhadores em Alagoas e no Brasil.

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