Presidente de Sindicato afirma que “servidor que não se mobiliza merece levar uma pisa no meio da rua”

19/05/2015 12:37 - Maceió
Por Redação
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Indignado com a proposta feita pela Prefeitura Municipal de Maceió, que ofereceu um reajuste de 2,16%, o presidente do Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas (Sindiguarda), Carlos Pisca, declarou – em um áudio que circula pela internet via Whatsapp – que o servidor público que não se mobilizar para rejeitar o que foi colocado pela administração municipal “merece levar uma pisa” no meio da rua.

A fala de Carlos Pisca tem gerado polêmica em alguns grupos.  Alguns se sentiram ofendidos diante da declaração do sindicalista que afirma que “o servidor que não se mobiliza, que não corre atrás numa situação dessas, ele merece não é nem perder o emprego, merece levar uma pisa no meio da rua, porque é uma vergonha o que o prefeito oferece ao servidor público”.

Por outro lado, a contraproposta da Prefeitura de Maceió em relação ao que é pedido pelo servidor público (8,8%), também tem sido ponto de revolta por parte de muitos funcionários públicos que esperavam mais. Pisca – no áudio – pede que a categoria avalie o rumo do movimento.

O Executivo municipal defende que a proposta de 2,16% é o possível diante da atuação situação financeira da Prefeitura e lembra dos reajustes salariais ocorridos no passado. Em 2013, os servidores tiveram reajuste salarial de 9%, em 2014 de 7% (com exceção dos professores, que tiveram 8,32%). A Prefeitura nomeou em 2 anos mais de 1.300 novos servidores efetivos, a maioria na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O município alega que já atingiu o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e que vem sofrendo constantes perdas de receita com a diminuição dos repasses federais a exemplo da frequente queda no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e redução dos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM) nos primeiros meses de 2015 o FPM foi 4,93% menor do que o mesmo período do ano anterior.

“Então este é o reajuste que a prefeitura propõe de 2,16%. Nós vamos avaliar com o restante do sindicato, mas independente dos demais sindicatos, a direção do Sindguarda vai se reunir na segunda-feira e tomar uma atitude para ver o que vamos fazer posteriormente, porque não tem condições. A energia aumentou 10%, a gasolina aumentou, o feião o arroz, tudo”, coloca Pisca no áudio.

O sindicalista ainda complementa: “Ele disse (o prefeito) que o reajuste é referente ao IGPM dos últimos três anos, que ele deu 9%, deu 7% e agora dá 2% e dividindo por três vai encontrar o valor do IGPM anual. Esta é a resposta da Prefeitura para os servidores públicos de Maceió e agora aqueles servidores que gostam de ficar por trás de birô, servidores que não tem o compromisso de ir para luta, de ir para a guerra, eu acho que o servidor agora vai. Ou ele vai esperar que o salário dele seja cortado de vez”.

“Merece, o servidor que não se mobiliza, que não corre atrás, ele não merece não é nem perder o emprego, ele merece levar uma pisa, porque é uma vergonha o que a prefeitura oferece ao servidor. Nós servidores vamos nos reunir e deliberar qual será a nossa posição”, reforça o sindicalista.

O clima – portanto – parece ser tenso entre alguns líderes sindicais e o Executivo de Maceió. 

Veja o áudio na íntegra:

 

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