Cunha sinaliza para o PSDB pedir impeachment de Dilma

04/05/2015 09:33 - Geral
Por Eliane Aquino
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A declaração dada pelo presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), há pouco mais de vinte dias, de que rejeitará todo e qualquer pedido de impeachment da presidente Dilma, já não pode mais ser considerada pelo Planalto. 

O parlamentar, que semana passada desdenhou do PT em um jantar com políticos de seu partido, o PMDB, recebeu por esses dias a bancada do PSDB na Casa e garantiu aos tucanos que não descartará de imediato o possível requerimento deles pedindo o afastamento da presidente do cargo.

Cunha disse que contratará pareceres jurídicos independentes, equivalentes aos fornecidos pela oposição, para se posicionar.

O xis da questão é que, como esses pareceres não são feitos de uma hora para outra, nessa hipótese, Dilma ficará sob pressão até o resultado.

Talvez não seja somente o senador tucano Aloísio Nunes que gostaria de ver a presidente ‘sangrar’. Pelo andar da carruagem, o deputado Eduardo Cunha, também.

Na próxima quarta-feira, 6, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, se reúne com presidentes de partidos aliados da oposição. Na pauta, a contratação de novos pareceres jurídicos que possam respaldar o pedido de impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados.

Por ora, o PSDB trabalha com o jurista Miguel Reale Júnior, e o Solidariedade com o jurista Ives Gandra Martins.

Ambos usarão como mote principal as chamadas “pedaladas fiscais”, ou seja, manobras utilizadas pelo governo federal para reduzir seu déficit fiscal.

O que, segundo já apontou o Tribunal de Contas da União, configura crime de responsabilidade fiscal cometido pela presidente Dilma.

De todo modo, essa não é uma pauta fácil de tratar. Nem pela oposição, nem pelo governo e seus aliados.

Há, nesse processo, um componente político forte. E que, diga-se de passagem, não pode ser medido nem por panelaços nem por protestos, pelo Brasil a fora. É algo a ser visto e revisto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, além do Supremo Tribunal Federal, é claro, hoje, um plenário tão político, quanto jurídico.

O barulho das ruas pode pressionar, mas não decide.

 (com informações da Coluna Painel, Folha de São Paulo)

 

 

 

 

 

 

 

 

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