Defesa Social explica queda de violência e aumento suspeitos mortos em conflito

25/04/2015 08:37 - Polícia
Por Gilca Cinara/CM Press
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“A polícia está indo em busca do criminoso e não tem como a polícia ser mais presente sem o confronto”. Assim, o secretário de Estado da Defesa Social e Ressocialização, Alfredo Gaspar de Mendonça, comentou sobre os recentes confrontos entre policiais e criminosos, que já acumulam mais de 30 mortes em resistência às abordagens das forças de segurança pública. Na última semana, houve três mortos em confronto em Matriz do Camaragibe e outra operação policial terminou uma pessoa morta e outra ferida após assalto a um estabelecimento comercial, no bairro do Prado, na capital.

Alfredo Gaspar afirmou que esses confrontos são frutos do constante trabalho desenvolvido pelo setor de inteligência da Defesa Social e também do aumento do trabalho do policial nas ruas. “Tenho sido muito criticado por alguns setores da imprensa, com relação aos confrontos policiais com criminosos. Se pudesse preservar qualquer confronto, principalmente para preservar a vida do policial, assim seria feito. A inteligência trabalha justamente para colocar o policial naquela situação. E aquela situação em que o crime estar para ocorrer ou ocorrendo termina gerando muitas vezes o confronto. Às vezes se pergunta por que a polícia está indo mais ao confronto, mas a polícia está trabalhando mais. A inteligência está produzindo mais”, explicou o secretário.

A estratégia para a redução dos índices de violência tem sido a identificação do problema, através do setor de inteligência, e no trabalho de ações desenvolvidas para a solução do caso. Um dessas medidas é o que o secretário chamou de “sufocamento das policias nas áreas vermelhas”, na prática, vista com as abordagens em blitz ou operações.

Aumento nas prisões e o momento do confronto

Os dados do Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac) da Defesa Social apontam para um crescimento do número de prisões em flagrante em 2015, comparando ao mesmo período de 2014. Em janeiro do ano passado, foram presas 714 pessoas; este ano, 778. Em fevereiro de 2014, foram 674 presos; e em 2015 foram 797 prisões. E em março do ano passado, foram presas 692 pessoas, enquanto março deste ano, 801 prisões.

Segundo o secretário da Defesa Social, os criminosos assassinaram somente esse ano mais de 550 pessoas, o que diz poder ser considerada “uma verdadeira guerra surda”. “Não dá para se ter uma guerra em que não se tenha uma baixa também de criminosos. Agora, evidentemente eu não vou fazer um discurso em que a segurança pública, ela teme o confronto. A segurança pública não sai de casa para o confronto, agora, havendo o confronto a segurança pública tem que estar mais preparada”, pontuou Alfredo.

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