Depois de devolver MP 669, Renan recusa receber em audiência ministro Pepe Vargas(PT)

05/03/2015 08:38 - Geral
Por Blog do Bernardino
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O presidente do Senado, Renan Calheiros, continua jogando duro com o PT. Nesta quarta-feira(3), a presidente Dilma enviou o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, do núcleo duro dela para uma conversa com ele.

Vargas iria conversar com o senador alagoano para tartar do ajuste fiscal. O encontro foi cancelado.

Na terça feira(2), Renan já tinha demonstração do quanto pode atrapalhar a vida da prsidente Dilma Rousseff. Ele devolveu a medida provisória editada na semana passada que revisaõ as regras de desoneração da folha de pagamento de vários setores da economia.

Para quem esteve com Renan, ele quis mandar o seguinte recado: se a presidente acha que poderá escapar de danos do escândalo Lava Jato, transferindo parte do desgaste para o Congresso, o tiro por sair pela culatra, porque o PMDB, o mais atingido, pode reforçar a oposição ao governo.

Segundo maior partido da base, o PMDB foi atingido mortalmente, com a inclusão dos dois dirigentes das Casas Legislativas: Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da Câmara, e Renan, do Senado. Há quem diga que os oposicionistas têm interesse em enfraquecer Dilma com a intenção de minar uma eventual candidatura de Lula em 2018.

Brasília vive uma terrível crise, de natureza política e moral. Entrando para o terceiro mês do seu segundo mandato, a presidente Dilma não governa, está acuada, tem uma equipe amadora no comando da política. Nem a liberação da “lista de Janot”, que não tem ainda os nomes por causa do segredo de justiça, trouxe o alívio político.

A impressão é que serviu para agravar ainda mais a crise. Achando que seu nome apareceu na lista por arte do “fogo amigo”, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou rápido o gatilho, manifestado no gesto de devolver a chamada MP da Desoneração, que aumenta a carga tributária das empresas.

Em 2007, Renan foi alvo do "fogo amigo" petista quando sofreu processo de cassação acusado de usar um lobista para pagar a pensão de uma filha. À época, conseguiu ser absolvido com os votos de PSDB e DEM, mas foi fritado publicamente por aliados, caso do então senador Aloizio Mercadante, hoje chefe da Casa Civil. Se, desta vez, for preservado, voltará a ser um fiador da governabilidade no Legislativo.

Os aliados dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, têm a convicção que o Planalto interferiu para colocar seus nomes na lista Janot. “Teve interferência sim, para colocar e tirar”, dizem.

Novo capítulo viram. Renan tem se fortalecido no Congresso Nacional onde já recebeu de público elogios dos senadores Aécio Neves, Tarso Jeressati e José Serra. Três cardeais pesados da turma dos tucanos.

Nos corredores do tapete verde, Renan cercado pela imprensa, disse:“Até o momento nós não sabemos de nada, absolutamente de nada. Nós não fomos informados por ninguém. Mas eu queria desde logo dizer que feliz da democracia que permite o questionamento dos homens públicos. Questionar homens públicos é uma coisa democrática”.

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