Fernando Toledo teria obstruído investigação sobre fantasmas na ALE

23/01/2015 09:30 - Blog do Vilar
Por Lula Vilar
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Em entrevista ao jornal Tribuna Independente, o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, foi enfático ao afirmar que o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, o atual conselheiro do Tribunal de Contas, Fernando Toledo, teria tentado obstruir as investigações do Ministério Público Estadual (MPE) que apurava a existência de fantasmas na Casa de Tavares Bastos.

Esta semana, o atual presidente da ALE, o deputado estadual Antônio Albuquerque (PRTB), exonerou mais de 200 servidores – que representava um gasto de R$ 2,5 milhões/mês – suspeitos de serem “fantasmas” dentro do Legislativo.

Na lista publicada nesta curta gestão de Albuquerque, salários que chegam a R$ 16 mil.

A suspeita da existência de fantasmas na ALE/AL não é novidade. Desde a Operação Taturana que investigações da Polícia Federal apontam para a presença de lista com funcionários fantasmas. Na época foi chamada de “Folha 108”.

Na gestão de Fernando Toledo – a partir de denúncias feitas pelo deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade) – foi descoberta a “lista de ouro”, com servidores que recebiam supersalários. Alguns acima do teto constitucional.

As ações do Ministério Público confirmam as denúncias de JHC.

As declarações do procurador-geral Sérgio Jucá – em entrevista à jornalista Andrezza Tavares - levantam suspeitas de que a antiga Mesa Diretora da ALE/AL, além de cometer irregularidades, ainda tentou “ludibriar” o MPE impedindo que este chegasse às informações importantes para avançar nos procedimentos investigações.

Sérgio Jucá montou uma força tarefa de promotores devido ao volume de denúncias entregues ao Ministério Público pelo deputado JHC. Vale ressaltar que, ao longo dos últimos oito anos, o parlamento estadual sempre evitou a transparência. As informações publicadas no site oficial da Assembleia Legislativa estão longe de mostrar a realidade da Casa de Tavares Bastos.

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