Políticos e delegados disputam comando da Polícia Civil

16/12/2014 09:29 - Geral
Por Davi Soares
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Na iminência de definir a estrutura de combate à criminalidade em Alagoas, o governador Renan Filho (PMDB) ainda não escolheu um nome para comandar a Polícia Civil em seu governo. Está obviamente descartada a permanência do atual delegado-geral Carlos Alberto Reis, que marcou o início e o fim da gestão de Teotonio Vilela Filho (PSDB). E há uma guerra política para indicar o delegado que deve conduzir as mudanças planejadas pelo governador eleito a partir de 2015.

Apesar de Renan Filho afirmar durante a campanha que não vai seguir critérios de indicações políticas para as áreas essenciais como a segurança pública, três de seus aliados da última campanha já se movimentaram em defesa de seus nomes de confiança. Outras duas frentes nascem da mobilização interna, na Polícia Civil, em busca de novos rumos que fortaleçam a instituição. E o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol), Antônio Carlos Lessa, anda chateado com o fato de os representantes da categoria não terem sido convocados para discutir a sucessão na polícia judiciária.

São cinco as frentes da batalha pela sucessão de Carlos Reis. Na ala política, o senador reeleito Fernando Collor (PTB) defende o delegado Flávio Saraiva como futuro delegado-geral; o deputado federal eleito Ronaldo Lessa (PDT) quer Robervaldo Davino, e o prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus (PMDB), defende Jobson Cabral para o cargo.

Internamente, os jovens delegados que ganharam espaço no primeiro mandato de Vilela – com Marcílio Barenco e José Edson – e depois foram escanteados no segundo governo tucano elegeram a delegada Ana Luiza Nogueira como nome capaz de conduzir o combate ao crime no comando da Polícia Civil. Mas quem também cresce com apoio de colegas de instituição é o novato Guilherme Iusten, que chefia a Seção de Roubo a Bancos (Serb), da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC).

Enfrentar as contradições comuns entre o discurso, os acordos de campanha e as decisões de governo é um desafio a ser enfrentado na definição do comando da instituição responsável por diminuir a impunidade que fomenta o crime no Estado mais violento do País. Resta ao alagoano esperar para ver qual nome Renan Filho deverá escolher e qual frente de batalha sairá vitoriosa. Que seja a que batalha pela pacificação de Alagoas.

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