Vítima de uma ação violenta em março deste ano, a Fundação Nacional de Saúde em Alagoas (Funasa), órgão executivo do Ministério da Saúde, foi invadido por cinco homens armados. Os vigilantes foram rendidos e os criminosos tentaram arrombar o caixa eletrônico.

Como não atingiram o objetivo, se dirigiram as salas do prédio e levaram computadores, motores de lanchas, entre outros objetos. Os vigilantes foram deixados amarrados de cuecas dentro do banheiro. Claro que as armas dos vigilantes foram levadas. A Polícia Federal foi acionada e constatou que o prédio precisava de uma segurança bem mais eficiente.

Para isso foram instaladas cerda de 60 câmeras de videomonitoramento. O prédio, em Maceió, tem três andares e umas vinte salas. E esse tem sido o problema que está deixando os servidores insatisfeitos. Tem sala contando com quatro câmeras, tudo é visto, nada passa despercebido.

A verdade é que os profissionais de diversas áreas se sentem como se estivessem participando de um Big Brother. Quando conversam nos corredores colocam as mãos na boca. Aqueles que almoçavam no órgão e depois, durante o intervalo entre um expediente e outro, tirava um cochilo, ficava a vontade, agora está impossibilitado.

Os funcionários começam a se articular para pressionar o sindicato a agir. Questionam o número de câmeras, desconhecem o contrato e os valores, acham que estão sendo vítimas de abuso e falam em denunciar o caso a outros órgãos de fiscalização do governo federal.

A Funasa é responsável em promover a inclusão social por meio de ações de saneamento para prevenção e controle de doenças. A instituição também é responsável por formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde relacionadas com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental.

O Superintendente em Alagoas é Roosevelt Patriota Cota, indicado pelo senador Renan Calheiros (PMDB).

Afinal de contas, o Big Brother está mesmo instalado?

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