Difícil fazer previsões sobre a próxima legislatura da Casa de Tavares Bastos. Nas últimas legislaturas, o alagoano sempre foi “brindado” com escândalos de desvio de recursos, além de outros pontuais, como Dudu Holanda (PSD) – que seguirá parlamentar – supostamente alcoolizado em plenário, e tantos outros. Cito este por ser o mais recente.

Todavia, é possível afirmar – com toda a certeza – que diante do atual quadro, alguns nomes farão falta ao parlamento estadual pelas posições que tomaram nos últimos anos. Discursos fortes, papel fiscalizador e o acompanhamento da execução orçamentária. O nome do Judson Cabral (PT) entra nesta lista resumida de parlamentares que fizeram um bom mandato.

E aqui não se fala do petista nos últimos quatro anos, mas ao longo de uma caminhada, desde que dividia a bancada petista com o hoje deputado federal Paulão.  Cabral é um bom nome no quadro petista – inclusive – para projetos futuros, caso existam. Chegou a ser cotado, no início do processo eleitoral deste ano, a ser vice do governador eleito e deputado federal Renan Filho (PMDB), por exemplo.

Não é por ser contrário a visão ideológica do PT que deixo de reconhecer que há pessoas que merecem muito respeito por lá. Há sim! Não apenas Cabral. Cito o delegado José Pinto de Luna, por exemplo.

Neste caso, o partido evitou coligações dentro do grupo que pertence e apostou no voo solo em função da matemática eleitoral. Uma aposta. Sendo assim, paga pelo preço de ter escolhido um caminho que faria dois ou três deputados. Fez dois: Marquinhos Madeira e Ronaldo Medeiros. Sobre Madeira, sequer lembro da voz.

No conjunto da obra, o PT teve seu espaço assegurado na ALE/AL com número semelhante às legislaturas passadas. Dentro do que se projetou. Judson Cabral saiu derrotado, mas o PT não. Portanto, a derrota de Judson nada tem a ver com a questão do "leve o PT junto". Muitos que não votam no PT - conheço vários - votaram em Cabral. Infelizmente, uma voz a menos na Casa.

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