Na Assembleia, petista faz campanha para Dilma e tucano critica “discurso do medo”

21/10/2014 14:46 - Política
Por redação
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O deputado Ronaldo Medeiros (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) na tarde desta terça-feira (21), para fazer campanha em prol da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Em aparte, Joãzinho Pereira (PSDB) criticou duramente o que classificou de “discurso do medo” e o governo da petista.

“No próximo domingo, vamos decidir o Brasil que vamos querer nos próximos quatro anos. Um Brasil do passado, antigo, que não respeitava os menos favorecidos, onde o pobre não tinha direito a casa própria, ou o Brasil de hoje, que tem dificuldades, mas já construiu mais de um milhão de casas, inclusive aqui em Alagoas, por meio do Minha Casa Minha Vida”, disse Medeiros no início de sua fala.

O petista prosseguiu afirmando lembrar que o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) quis extinguir o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal (CEF) e privatizar as agências da Previdência Social. “Em 2002, quando Lula assumiu, tínhamos oito agências do INSS em Alagoas e 20 anos sem concurso público. Hoje são 40 agências e mais de 15 mil concursos somente na Previdência”, destacou, acrescentando: “Se esse senhor de Minas Gerais ganhar as eleições, vocês vão se aposentar, porque concurso não vai ter mais”.

O parlamentar também teceu comparações entre o governo do PT e o de FHC, citando alguns números - como a geração de mais de 22 milhões empregos e a construção de escolas técnicas - e programas do governo federal, a exemplo do Pronatec, Pronaf, Prouni e Luz para Todos: “Sou do tempo do candeeiro a querosene... Foi preciso o PT criar o Programa Luz para Todos. Hoje, casas que não têm energia no campo é exceção... Sou do tempo que o pobre não podia fazer curso técnico, hoje veja quantos jovens e adultos estão estudando, tendo profissão digna”.

Medeiros destacou ainda a construção de campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no interior do Estado e defendeu que, nos últimos 12 anos, o Nordeste é a região que mais cresce e mais tem recebido recursos no País. “Tenho certeza que a decisão vai ser pela continuidade das transformações sociais”, afirmou, lembrando que Alagoas depende quase 100% dos recursos federais.

Cuba e Petrobras

Em aparte, Joãozinho Pereira criticou a fala do colega, classificando-a de “discurso do medo”: “O deputado faz a prestação de contas do governo do PT e eu, ouvindo atentamente, independente de eu ser do PSDB, fico analisando e vendo: é no Brasil que as coisas estão acontecendo? O PT quer assombrar e afrontar... Quer amedrontar o País”, afirmou, acrescentando que impor o medo na população é o estilo do PT, tanto no guia eleitoral quanto no discurso desta tarde no parlamento alagoano.

O tucano também criticou o governo Dilma e defendeu a era FHC: “O governo do presidente Lula só foi um bom governo porque herdou o Plano Real, criado pelo ex-presidente FHC, que pegou o Brasil com uma inflação de mais de 800%. Foram dois ótimos presidentes. Nunca votei no Lula nem na Dilma, mas tiro meu chapéu para Lula... Infelizmente não posso dizer o mesmo de Dilma. Ela está quebrando os municípios brasileiros, que vivem a maior crise da história, com escassez de todos os recursos. Eu não dormiria bem à noite se não fizesse esse contraponto”.

Pereira cobrou ainda o andamento das discussões em torno do Pacto Federativo e de algumas ações, a exemplo da transposição do Rio São Francisco, a construção da Transnordestina e a duplicação da BR 101 no Estado. Os recursos federais investidos na construção de um porto em Cuba e a corrupção na Petrobras também foram questionados pelo parlamentar.

“Novo governo? Não vejo novo em lugar nenhum. Não quero ter o peso na consciência de pedir o voto para essa senhora... Para que amanhã o brasileiro vá para rua pedir mudança depois do arrocho fiscal que o País vai sofrer em 2015”, acrescentou, destacando que 40 usinas foram fechadas no governo petista.

Em aparte, Judson Cabral (PT) apoiou a fala de Medeiros e disse que Alagoas recebeu maior volume de recursos proporcionais do País: “Independente de qualquer debate, Dilma merece grande respeito e reflexão da nossa parte”, finalizou.

Mais defensores públicos

Antes dos discursos, o plenário aprovou, em regime de urgência - em primeira e segunda discussões -, o Projeto de Lei (PL), de interesse da Defensoria Pública, que cria sete cargos de defensor público na quarta classe da carreira. O PL foi aprovado por unanimidade.

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