Sem o apoio de Téo, Omar está prestes a descer do palanque de Aécio

26/08/2014 04:44 - Geral
Por Davi Soares
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O advogado Omar Coelho (DEM) assistia calado, até bem pouco tempo, à abertura de espaço no PSDB para o apoio à sua candidatura ao Senado. Mas as sucessivas declarações públicas de apoio de líderes tucanos à sua concorrente Heloísa Helena (PSOL) fizeram sua paciência esgotar. O resultado é que o ex-presidente da Seccional Alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está prestes a descer do palanque do presidenciável Aécio Neves (PSDB), caso o governador tucano Teotonio Vilela Filho não o eleja como o candidato natural do PSDB para o Senado Federal.

A insatisfação de Omar chegou aos ouvidos de Téo no último final de semana. E o governador decidiu tentar demover o advogado da decisão de escolher outra candidatura a presidente para apoiar.

Uma reunião entre os dois foi marcada pelo tucano para ontem e adiada para esta terça-feira (26). O encontro deve discutir mais um problema a ser enfrentado pela despedaçada base de apoio de Aécio Neves em Alagoas.

A ascensão de seu nome ao posto de candidato oficial ao Senado no palanque tucano é reivindicada por Omar Coelho desde a oficialização desistência de Eduardo Magalhães da disputa pelo cargo de senador pelo PSDB, há uma semana. 

Ser o candidato a senador do DEM, partido que sustenta a base de Aécio, foi o motivo encontrado por Omar para justificar a exigência, lastreada no fato de o vice-governador José Thomaz Nonô (DEM) ser o coordenador da campanha do presidenciável tucano Nordeste.

E mesmo com o candidato a governador do PSDB, Júlio Cezar, pedindo votos abertamente para Heloísa nos eventos de campanha pelo interior do Estado, Omar quer conquistar uma declaração pública do apoio de Téo ao seu projeto de derrotar a candidata do PSOL e o projeto de reeleição de Fernando Collor (PTB).

Perdas e ganhos

Não se sabe com que nível de compreensão Téo vai receber as cobranças de Omar. Mas esta é a única saída para a ampliação da base de apoio político do candidato a senador do DEM, que há algumas semanas perdeu líderes políticos com densidade eleitoral significativa em sua própria chapa, que tem Benedito de Lira (PP) como candidato a governador.

O deputado estadual Joãozinho Pereira (PSDB) foi o primeiro a lhe dar as costas para apoiar o candidato à reeleição Fernando Collor. E a saída da família Caldas, do Solidariedade, para apoiar Heloísa Helena foi a última perda, que resultou na recusa de Omar em manter Eudócia Caldas como suplente de sua candidatura.

Mesmo assim, Omar tem defendido que sua candidatura ganha força a cada evento público de que tem participado ao lado de Benedito de Lira, que também pressiona Téo pela renúncia de Júlio Cezar da candidatura, em troca do anúncio de apoio a Aécio Neves em Alagoas.

Apesar dos menos de 40 dias que tem para a definição da eleição para senador, Omar tem dito a amigos que é temporária a polarização da disputa entre Collor e Heloísa Helena. “Alagoas começa agora a conhecer o Senador de Peso de Passado Leve que irá trabalhar por Alagoas sem nenhum interesse, somente o de honrar Alagoas e seu Povo!”, afirmou Omar em um comentário no Facebook.

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