Os protestos seguidos da expulsão do marqueteiro da campanha do candidato a governador Júlio Cezar (PSDB) marcaram o debate entre os candidatos a governador de Alagoas, promovido na manhã desta terça-feira (26) pela Rádio CBN em um hotel da Jatiúca.

O publicitário Einhart Jacome da Paz não aceitou a concessão de direitos de resposta conquistados pelas assessorias dos candidatos Benedito de Lira (PP) e Renan Filho (PMDB), depois que o candidato tucano respondeu uma pergunta feita por Mário Agra (PSOL). E acusou a mediação do debate, feita pelo radialista França Moura, de ser desonesta.

Ao elaborar a pergunta sobre a educação, Mário Agra provocou Júlio Cezar, citando que o tucano conhecia bem o tema, por ser representante do atual governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB). Além disso, Agra apontou para Benedito de Lira e disse que o senador do PP já teria administrado a Educação de Alagoas. E, sem citar seu nome, chamou Biu de “ex-candidato” de Júlio Cezar.

Durante a resposta do candidato tucano, o PP e o PMDB foram citados por Júlio Cezar como participantes da gestão da pasta da Educação do governo de Téo. Em seguida, Júlio falou a seguinte frase da qual Einhart discordou que poderia ter sido motivadora do pedido de direito de resposta: “A educação é um desafio do Brasil, das regiões Norte e Nordeste. E maioria dos que estão aqui sabem, porque passaram pela educação pública como eu... E como ela foi importante. Eu cresci ouvindo falar no nome do Benedito e do Renan. E estou aqui debatendo com vocês no mesmo nível, olhando para vocês de forma igual, porque a educação me deu essa condição”.

Porém, foi na réplica de Mário Agra quando o nome de Benedito de Lira foi citado pelo candidato do PSOL como corresponsável, junto com o governo atual, por não garantir a permanência de alunos alagoanos nas escolas. Neste momento, a assessoria de Biu pediu e teve o direito de resposta concedido. Mas, em seguida, a concessão do mesmo direito para Renan Filho irritou o marqueteiro de Júlio Cezar, que reagiu e foi convidado a se retirar do auditório pelo jornalista Carlos Miranda, que auxiliava na mediação do debate.

“Que esculhambação é essa? Está errado! Está errado! Desonesto! Isso não é correto. Faça o certo!”, protestou, enquanto era expulso gentilmente. “Eu saio, mas faça o certo. Eles foram citados, não houve ataque. Não houve ataque. É desonesto! Isso é uma vergonha!”, criticou Einhart, antes de fazer uma careta, dizer ser mais honesto do que quem conduzia o debate e deixar o auditório do Hotel Atlantic Suites.

Veja o momento do protesto e das inscrições:

O radialista França Moura ainda protestou contra o que chamou de agressão do marqueteiro do tucano. “Eu não aceito essa agressão. Bota para fora!”, disse França. E o debate seguiu com a presença de todos os candidatos, que mantiveram o clima amistoso.