Marcos Barbosa pede que Assembleia acompanhe investigações de crimes

26/08/2014 15:13 - Política
Por Vanessa Alencar
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Depois de divulgar uma Nota à Imprensa, o deputado Marcos Barbosa (PPS) usou o plenário da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (26) para reafirmar sua inocência em relação às acusações feitas contra ele pelo sobrinho, Júnior Barbosa, envolvendo homicídios e até a prática de “magia negra” contra inimigos políticos.

O deputado voltou a afirmar que abria mão de sua imunidade parlamentar e solicitou ao presidente da ALE, Fernando Toledo (PSDB), que a Comissão de Direitos Humanos da Casa acompanhe as investigações conduzidas pela Polícia Civil.

“Trata-se de uma pessoa desequilibrada que, infelizmente, é meu sobrinho até o resto da vida dele... Filho do meu irmão de pai e mãe. Quem bem conhece Júnior Barbosa sabe de sua prepotência e violência”, disse o parlamentar, repetindo, por diversas vezes, que o sobrinho é réu confesso em vários homicídios.

“A ganância quando é de fora é ruim, mas quando vem de dentro de casa é pior ainda”, afirmou, creditando as denúncias feitas contra ele ao desequilíbrio emocional de Júnior e a um sentimento de vingança, uma vez que o parlamentar não aceitou apoiá-lo na campanha de 2012, quando o sobrinho concorreu a uma vaga na Câmara Municipal de Maceió.

“Depois disso, esse rapaz entrou com ação contra mim até na Justiça do Trabalho, pedindo R$ 130 mil de indenização, mas eu ganhei e não paguei um centavo”, contou o deputado, acrescentando que nunca participou de nenhum ato de violência: “Prefiro a morte no dia que eu precisar andar matando o povo”.

“Ele é réu confesso, mas eu nunca mandei nem irei mandar matar ninguém. Tenho consciência tranquila e sou o único deputado estadual no Brasil que abriu mão de sua imunidade parlamentar”, afirmou, cobrando ainda que Júnior cite os nomes dos desembargadores, juízes, promotores e delegados que, segundo o denunciante, estariam envolvidos em um esquema para inocentar o deputado em relação ao homicídio do líder comunitário Edvaldo Guilherme da Silva, o Baré Cola, em 2006.

Sobre as acusações de que praticaria feitiçaria contra inimigos políticos, Barbosa elogiou as supostas vítimas citadas pelo sobrinho, afirmando que Kátia Born, Ronaldo Lessa e Cícero Almeida fizeram muito por Alagoas e por Maceió. O parlamentar também afirmou que ajuda seis igrejas católicas em sua região.

Em aparte, os deputados Isnaldo Bulhões (PDT), Jeferson Morais (DEM), Ricardo Nezinho (PMDB) e Fernando Toledo se solidarizaram com o discurso do colega.

Em rápida entrevista à imprensa após a sessão, Barbosa sugeriu que o Estado arcasse com um tratamento de saúde para o sobrinho e disse não temer represálias por parte de Júnior. Ele reforçou ainda que abria mão da imunidade parlamentar: “Não devo nada a ninguém”.

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