Candidatos ao governo trocam farpas e apresentam propostas

26/08/2014 09:41 - Política
Por Vanessa Siqueira
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O primeiro debate que reuniu os candidatos ao governo do Estado, realizado pela Rádio CBN, em um hotel no bairro da Jatiúca, nesta terça-feira (26), foi marcado pela troca de acusações e farpas durante algumas perguntas. Segurança pública, Infraestrutura, Saúde e Educação foram os principais temas debatidos.

Por muitas vezes o debate acabou centralizado nas alianças feitas entre o senador Benedito de Lira (PP) e do deputado federal Renan Filho (PMDB) com o governador Teotonio Vilela durante sua gestão, o que acabou deixando o debate acalorado. Em outro ponto do debate, o candidato Joathas Albuquerque questionou Renan Filho sobre sua gestão a frente da prefeitura de Murici e se suas propostas para a infraestrutura iriam surtir efeito, chegando a tecer críticas ao seu governo. Mário Agra (PSOL) também chegou a criticar a educação na gestão Vilela ao questionar o candidato Júlio Cézar sobre ações voltadas para a área.

Desenvolvimento econômico

O candidato Renan Filho questionou Benedito de Lira sobre propostas para o desenvolvimento econômico de Alagoas. De Lira respondeu afirmando que o setor precisa se consolidar. Disse que em seu governo irá cuidar da geração de emprego e montar uma estrutura para os investidores. “Sem cuidar da infraestrutura, não temos condições de melhorar. Vamos também promover a revisão na Lei de incentivos para que o investidor possa acreditar no Estado. Precisamos dar segurança jurídica para que ele possa se instalar aqui”, disse.

Durante a tréplica Renan Filho acabou questionando Benedito de Lira sobre investimentos na Educação, uma de suas propostas para o desenvolvimento econômico, tendo como base sua influência na indicação de secretários no governo Vilela. O senador se defendeu e disse que a educação não está boa em lugar nenhum do país. “O senhor se qualifica como o salvador da educação em Murici, mas os índices são baixíssimos na cidade. Darei ênfase ao estudo profissionalizante no meu governo”, rebateu.

O candidato Júlio Cézar também questionou Joathas Albuquerque (PTC) sobre o tema. Albuquerque afirmou que vai investir na composição de um secretariado técnico, que conheça os problemas e aponte soluções cabíveis. “O empresário precisa se sentir seguro, saber que há um governante sério e competente. Vou trabalhar para ter secretários específicos de cada área para que possamos traçar um planejamento voltado para o desenvolvimento econômico. O povo tá cansado de discurso bonitinho”, falou.

Infraestrutura

Joathas perguntou para Renan Filho sobre suas propostas voltadas para a área e chegou a criticar sua gestão a frente da prefeitura de Murici, questionando suas ações na área. Renan Filho rebateu as críticas e convidou o candidato a ir conhecer de perto suas ações na cidade. “Convido o senhor a ir de carro até Murici para ver de perto o que fiz pela cidade. Não tenho dificuldade de falar de Murici e terei o prazer de fazer muito mais por Alagoas, que carece tanto de ações nesse setor”, afirmou.

Ao ser questionado por Benedito de Lira sobre ações para o setor, Mário Agra disse que irá voltar esforços para investir em educação, na melhoria das estradas para alavancar o desenvolvimento. Agra criticou os candidatos afirmando que todos apresentavam alternativas periféricas. “Todos sempre estiveram juntos durante décadas. Ou eles ou seus pais e avós. Essa é uma realidade da política alagoana onde todos dizem que vão resolver, mas no âmago da questão não vão. O Estado possui uma dívida impagável. Isso limita os investimentos na infraestrutura do Estado”, criticou.

Saúde e Segurança Pública

Ao ser questionado pelo radialista França Moura sobre Saúde, o candidato Júlio Cézar afirmou que o setor é um gargalo em todo o país, dizendo que o “governo federal brinca com a saúde”. Cézar disse que pretende dar atenção à Saúde de Atenção Básica para tentar reduzir a demora que a população é submetida para marcar uma consulta.

“É uma vergonha. A população passa três ou quatro meses para poder marcar uma consulta. Não tem governador que dê conta desse problema. É preciso que nossos senadores e deputados federais possam acordar para esse problema”, argumentou.

Renan Filho foi questionado sobre o tema por Joathas Albuquerque e criticou a forma como o governo estadual investe e gasta a verba com a Saúde. Ele acredita que Alagoas precisa avançar na política voltada à saúde e defendeu uma melhor distribuição per capita dos recursos. “É preciso buscar mais investimentos para interiorizar a saúde, levar para o interior uma saúde pública de qualidade”, defendeu.

Quando o tema foi segurança pública, Renan Filho perguntou ao Joathas sobre propostas para combater a criminalidade e a violência. Ele afirmou que dará carta branca ao comando da Polícia Militar para traçar ações voltadas ao combate a violência. “É preciso botar a polícia na rua. Se preciso for, colocar câmeras nas ruas. O governador tem que mandar cumprir ações judiciais. No meu governo os comandantes terão carta branca e eu assino embaixo. Fui advogado da PM, tem homens valorosos que podem fazer a segurança deste Estado”, destacou.

Educação

Um dos temas que mais gerou polêmica entre os candidatos foi educação. Durante os questionamentos feitos entre os candidatos, o senador Benedito de Lira teve um direito de resposta, onde rebateu críticas feitas às suas indicações aos secretários de Educação no governo de Teotonio Vilela. “Eu não cometi ingerência. A educação não piorou com a indicação de um secretário por mim. Tenho trabalhado para colocar a educação como promissora”, afirmou.

O partido de Renan Filho também chegou a ser citado por Mário Agra quando questionava Júlio Cézar sobre o tema. Renan disse o PMDB não Renan disse que não teve responsabilidade pela indicação de secretários. “Indicamos um secretário no primeiro ano de governo depois entregamos todas as secretarias, mas não participamos do segundo governo Teotonio Vilela”, rebateu.

Júlio Cézar discordou das afirmações de Agra sobre os baixos índices da educação em Alagoas. Ele afirmou que “não existe milagre para resolver a situação da Educação”. Ele defendeu a realização a concurso público para a contratação de mais professores e melhorias na estrutura educacional pública. 

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