Acusado de matar Renata Sá também é responsável por estupro e latrocínio

01/08/2014 07:56 - Polícia
Por Karine Amorim com Vanessa Siqueira
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Atualizada às 11h41

A Polícia Civil apresentou detalhes sobre a elucidação da morte da nutricionista Renata Sá, na manhã desta sexta-feira (1), em coletiva realizada na sede da Polícia Civil de Alagoas, no bairro de Jacarecica. Além da morte de Renata, o acusado Leonardo Lourenço da Silva, também é apontado pela polícia como o responsável de estuprar uma mulher em um motel no bairro do Santos Dumont, e de executar uma professora em 2004, em um crime de latrocínio.

De acordo com o delegado Leonam Pinheiro, Leonardo é natural de Brasília, tem 31 anos, é casado, e presta serviços em uma empresa na capital alagoana.  Leonardo estava em liberdade provisória por outros crimes. À Polícia, o acusado informou que a intenção não era a de matar a nutricionista, mas sim de cometer um assalto.

Segundo investigações da Polícia, Leonardo abordou Renata no bairro do Farol e, sob ameaça, obrigou a vítima a ir para o banco do carona, e conduziu o veículo, um Renault Sandero, de cor cinza e placa AXF 057, em direção a um motel no bairro do Santa Amélia, onde a jovem teria sido obrigada a entrar. Ao se negar ao entrar no motel, Renata foi levada a um matagal, onde foi morta.

Com o intuito de simular o crime de latrocínio, Leonardo Lourenço roubou a aliança e bolsa da vítima, que foi encontrada nessa quinta-feira (31), na residência do acusado.

Ainda de acordo com o delegado Leonan, câmeras de segurança flagraram Leonardo saindo do veículo da vítima, sem aparentar nenhum tipo de nervosismo. O acusado também apagou as provas do crime e é suspeito de ter realizado uma denúncia falsa no Disque Denúncia para despistar a Polícia.

"Foi uma investigação que deu trabalho, pois ele usou de muitos artifícios para desvirutar o rumo das investigações. Com o empenho de nossos agentes e delegados conseguimos desvendar mais esse crime e prender o acusado", destacou o delegado Carlos Reis, diretor-geral da Polícia Civil. 

O pai de Renata, Alfredo Ferro, esteve presente na coletiva de apresentação dos detalhes do crime junto com outros familiares. À imprensa ele afirmou que acreditava desde o início que a filha teria sido vítima de roubo e que não acreditava na hipótese de o crime ter sido passional.

"Eu só tenho a agradecer à Polícia Civil pelo empenho nas investigações. Infelizmente a Renata se foi, mas conseguimos ver o responsável pelo crime preso. Ela nunca teve envolvimento com nada de errado, estava saindo do trabalho quando foi abordada por ele. Ela deixará só saudades", disse o pai. 

Além do crime de Renata, Leonardo também é acusado de estuprar uma jovem de 22 no bairro do Santos Dumont. A vítima foi abordada no bairro do Farol, nas proximidades da Casa da Indústria, e levada a um motel. Uma professora também teria sido vítima de latrocínio pelo acusado.

O caso

A nutricionista Renata Sá, 26, foi encontrada morta em um terreno  baldio no dia 14 de julho. O corpo foi localizado no bairro da Santa Amélia. Já o carro da nutricionista foi encontrado um dia após a sua morte, estacionado em um trecho da Avenida Durval de Góes Monteiro. O veículo era conduzido pela jovem momentos antes de ela ser encontrada morta.

Segundo funcionários de uma loja de autopeças, o carro estava estacionado na frente da loja desde as 14 horas do dia da morte. Eles disseram à polícia que quando voltaram do horário de almoço encontraram o carro estacionado com os faróis ligados. A chave do veículo estava em cima de um dos pneus. Por estar atrapalhando a entrada e saída da loja, um dos funcionários chegou a manobrar o veículo.

A nutricionista trabalhou como prestadora de serviço para a Prefeitura de São Miguel dos Campos durante os anos de 2011 e 2012.

 

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