Auditoria aponta rombo milionário na Previdência do município de Viçosa
Um relatório do Ministério da Previdência sobre uma auditoria no Instituto de Previdência de Viçosa (IPASMV) mostrou um rombo de quase R$ 7 milhões com ausência do recolhimento do desconto previdenciário dos servidores municipais. Conforme o levantamento, desde 2009 a 2013, que a prefeitura não recolhe integralmente a parte patronal, no valor de R$ 6.748.158,23.
Em seu blog, o jornalista Edmilson Texeira, trouxe o discurso da vereadora Micheline Fernandes Toledo (PV), que levou a discussão na Câmara de Vereadores. De acordo com ela, as informações sobre a regularidade previdenciária foram solicitadas em junho do ano passado para a prefeitura do município. “Sem obter respostas, encaminhei ao Ministério Público e ao MP de Contas oficio sobre a negativa de informações da Prefeitura no dia 12 de agosto de 2013. No dia 17 de outubro de 2013, encaminhei através de e-mail, denúncia de irregularidades para o Coordenador de Auditoria dos Regimes Próprios de Previdência o que foi respondido que seria enviado um Auditor para Viçosa em novembro de 2013”, detalhou a parlamentar em seu discurso.
Micheline Fernandes afirmou que meses depois a prefeitura encaminhou para a Câmara Municipal um Projeto de Lei solicitando a autorização do parcelamento e o reparcelamento dos débitos Previdenciários. Segundo ela, o PL previa que fosse parcelado o valor de R$ 1.232.761, 80, sendo que esse valor era R$ 510 mil do recolhimento dos servidores e R$ 722 mil do repasse do município. O projeto foi aprovado por oito votos contra dois, após a prefeitura conseguir uma liminar na Justiça para colocá-lo em pauta.
“Ocorre que, meses depois conseguimos no site da Previdência, um pedido de parcelamento que teria sido negado em fevereiro de 2013, no valor total de R$ 2.305.575,76, quase o dobro do valor que ele pedia em Projeto de Lei meses depois para serem parcelados”, disse a vereadora. Michelleni ressaltou que enviou o relatório apresentado pelo Ministério da Previdência para o Procurador-Geral de Justiça, Sérgio Jucá, e também ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“No relatório consta que foi feita Representação Administrativa alusiva a procedimentos irregulares por parte do município de Viçosa, em virtudes dos descontos de contribuições previdenciárias, dos servidores e não repassadas para o IPASMV entre 2012 e 2013 no valor de R$ 469.624,15. Além disso, o município desde 2009 até 2013, não recolhe integralmente a parte patronal, no valor de R$ 6.748.158, os dois juntos, passam dos R$ 7 milhões. Constitui ato de improbidade administrativa segundo a Lei 8.4229, de 02 de junho de 1992, e apropriação indébita, além de causar reflexo no equilíbrio financeiro e atuarial do município com a incidência de multas, juros e correções monetárias e quem pagará por isso?”.
Comentários
Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.
Carregando..