Dinheiro Público para o público

29/01/2013 06:49 - Geral
Por Candice Almeida

E Alagoas segue na contramão de tudo...

Enquanto outras cidades do país, a exemplo de Aracaju, se esforçam em resgatar o carnaval, Maceió – conhecida pelas prévias carnavalescas – insiste em sepultar o evento que atrai, há anos, turistas e, com eles, recursos econômicos, aquecendo a economia local direta e indiretamente.

O viés cultural de uma sociedade é o que lhe imprime identidade, ligação com um local, com uma histórica e lhe provoca o sentimento de pertencimento. E tudo isso é importante, principalmente numa sociedade sem valores e princípios cada vez mais fragilizados pela imposição externa de novos interesses.

Obviamente que não há como generalizar. Mas não se pode generalizar coisa alguma. O que realmente importa para uma sociedade? Quem sabe? Quem determina?

Pois é. O dinheiro público deve ser destinado ao público. E o povo precisa de cultura, precisa de identidade. O povo precisa de lazer, seja ele revestido do que for, desde que traga crescimento social.

É o que vemos com filmes e apresentações teatrais. Se não fosse o financiamento público e o patrocínio de empresas públicas, viveríamos a ditadura hollywoodiana. Assim como se não fosse o financiamento público no esporte só haveria futebol, e do eixo Rio-São Paulo.

E a ideia é a mesma quando falamos em grupos tradicionais, como o nordestino Reisado, o nortista carimbó e o sulista Fandango.

Ora, para quê tanta intransigência? Quem quer carnaval que pague por ele? Quem quer educação que pague por ela? Quem quer saúde que pague por ela? Onde isso vai parar?

Nunca vi radicalismo ser bom em nenhuma sociedade. Até o capitalismo se consome. E se as pessoas não buscarem o bom-senso, o meio-termo, o equilíbrio, quem seremos no futuro?
 

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