Método reduz índice de afastamento do trabalho por causa da coluna

03/05/2012 06:24 - Saúde
Por Redação
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Dores na coluna, que irradiavam até o cotovelo. Não existia posição confortável para Dona Iolanda Ferreira. Desde que descobriu estar com hérnia de disco, há sete anos, a vida dela foi uma rotina de incômodos. “Dores muito intensas na região cervical, abaixo da nuca. Chegou a um ponto que limitava meus movimentos no dia a dia”, relata a bancária de 49 anos.

Foi necessário parar de trabalhar. Uma vez, duas vezes, até que a autoestima baixou. As dores impediram que ela ficasse sentada por muito tempo. “Ao final do expediente, eu ficava com o corpo quente, sonolenta e não tinha ânimo para mais nada. Muito menos para fazer exercício físico”, conta Iolanda.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as dores na coluna vertebral são a segunda maior causa de afastamento do trabalho. O problema leva mais de cinco milhões de brasileiros a pedirem licença. O terceiro maior motivo para aposentadoria precoce. Uma questão de saúde pública, já que se estima que quatro em cada cinco pessoas no planeta terão um episódio de dor de coluna, ou seja, 80% da população mundial.

As dores atormentavam Dona Iolanda até em momentos de descanso. “Atrapalhava em tudo. Não achava posição para conversar, não tinha ânimo para lazer, não tinha disposição para trabalhar. O que eu queria mais era estar deitada e ainda assim muitas posições na cama traziam incômodo.”

Durante os últimos sete anos, Dona Iolanda consultou ortopedistas, fisioterapeutas, entrou na musculação, na acupuntura e no pilates, mas não conseguiu o alívio esperado. Já estava decidida a pedir a renovação da licença no trabalho quando experimentou a técnica de Reconstrução do Músculo Articular da Coluna Vertebral (R.M.A.).

A técnica consiste na descompressão da hérnia de disco, das estruturas nobres da coluna lombar e coluna cervical, bem como trabalhar a musculatura específica que promove sustentação e estabilização vertebral. O método é aplicado em Maceió há menos de seis meses, e já apresenta índices de 87% de bons resultados. É indicado para quem sofre de dores nas costas, originadas de diversos problemas como: hérnia de disco, artrose, protrusão de disco, ciatalgia, cervicalgia, entre outras.

“A maioria das pessoas que nos procura sofre com hérnia de disco. Então na primeira etapa, nos preocupamos com a dor do paciente. Realizamos fisioterapia manual ou a mesa de tração eletrônica, que é uma mesa importada dos Estados Unidos. O paciente fica mais relaxado, mais à vontade, sem muitos movimentos. Na segunda etapa, usamos a mesa de flexão dinâmica, quando o paciente melhora os sintomas. Na terceira etapa, usamos o fortalecimento da musculatura com um aparelho de ‘biofeedback’, que faz com que o paciente tenha consciência da contração dos músculos profundos da coluna, e por fim complementamos o tratamento com musculação ou pilates, para manutenção da força muscular da coluna vertebral”, explica o fisioterapeuta Fernando Paes, especialista em fisiologia do exercício e osteopata.

Para Dona Iolanda, o alívio foi imediato. “Na primeira sessão, eu já senti uma sensação muito melhor e hoje eu sinto até uma melhora na minha autoestima. Agora, após estas sessões, eu já sinto que tenho condições de retornar ao trabalho e a todas as atividades cotidianas”.

O fisioterapeuta Fernando Paes alerta que os principais sintomas da hérnia de disco são dores na coluna cervical ou lombar que podem irradiar para os ombros ou para perna e ainda apresentar formigamento, dormência ou fraqueza nas extremidades. Outra dica do especialista é acessar o site www.herniadedisco.com.br, que traz informações sobre os vários tipos de problemas relacionados à coluna vertebral e explica passo a passo como deve ser feito o tratamento.

A técnica foi trazida dos Estados Unidos pelo fisioterapeuta cearense Hélder Montenegro. “Antigamente, os resultados positivos eram de 50% para quem tinha hérnia de disco. Hoje, com esta tecnologia passamos a ter bons resultados em 87% dos casos. Conseguimos aliar tecnologia com o trabalho manual. É ciência e tecnologia trabalhando juntos”, argumenta Montenegro.

No Brasil, já foram 13 mil pessoas já receberam o tratamento. Em Maceió, informações podem ser obtidas no Instituto da Coluna Vertebral, pelo telefone 3337.1609.

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