Em assembleia ocorrida na última quarta-feira (04), os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) referendaram o indicativo de greve proposto pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN) para o dia 15 de maio, uma paralisação nacional das atividades no próximo dia 19 e a adesão à paralisação dos servidores públicos federais no dia 25 deste mês.

Com essa decisão, a UFAL se junta às outras universidades federais na greve do dia 15 de maio, caso o governo não cumpra o acordo firmado em agosto de 2011 que inclui a incorporação da gratificação de estímulo ao magistério superior (Gemas) ao vencimento básico, mais 4% aplicados sobre este montante que já deveria ter sido pago desde o final de março.

De acordo com Antônio Passos, professor da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), foi feita uma negociação no ano passado e o governo se comprometeu em reajustar os salários em 4%, o que não foi cumprido.

“No dia 19, os docentes irão paralisar as atividades. No dia 25, todos os servidores paralisarão. Agora temos um indicativo de greve para o dia 15 de maio. Caso o governo não sinalize uma solução, nós iremos até as últimas consequências para garantir nossos direitos”, afirmou.

Os docentes reivindicam também a concretização do plano de carreira do magistério superior que fará com que o professor ao ingressar na universidade possa mudar de nível a cada dois anos, o que representa um incremento de aproximadamente 3% em seus vencimentos. “O governo não prioriza a nossa categoria. Somos desvalorizados”, afirmou Passos.

Para o estudante de jornalismo Marcos Leonardo, a paralisação da universidade vai acontecer em um momento ruim. “Estou concluindo o meu curso, e se os professores aderirem a greve, eu não irei concluir no tempo previsto. Mas, vejo que eles devem sim lutar pelos direitos e por melhores condições de trabalho”, disse o universitário.


Já segundo a universitária Luana Lemos, os amigos a alertaram sobre os riscos de greve. "Passei no vestibular para o curso de Serviço Social e fico sem saber o que fazer. É desestimulante você estudar tanto e agora a universidade pode entrar em greve. Espero que se houver greve, os professores garantam os seus direitos, porque ninguém trabalha feliz estando insatisfeito", frisou.