Militares cobram comissão para apurar o crime de sargento

16/02/2012 06:39 - Polícia
Por Redação
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Um minuto de silêncio. Foi desta forma que os companheiros de corporação prestaram uma homenagem ao sargento da reserva Jorge Carlos Pereira Rodrigues, 55 anos, assassinado na última terça-feira (14) ao deixar uma agência bancária no bairro do Farol, em Maceió. O crime foi lembrado, com muita dor, durante a assembleia da categoria, que discutia a proposta salarial apresentada pelo governo do Estado.

Em meio às homenagens, os policiais militares cobraram uma postura diferenciada da Polícia Civil e fizeram uma comparação com as investigações do atentado a Nivaldo Albuquerque Neto, filho do deputado estadual Antônio Albuquerque, que teve uma comissão especial nomeada para apurar o caso.

“Repudio a falta de compromisso dos gestores, que não merecem o nosso respeito. A morte de um membro da corporação será investigada por apenas um delegado, no entanto, quando o filho de um deputado foi vítima de uma tentativa de homicídio, uma comissão foi designada para dar andamento nas investigações”, disse Cabo Simas.

Durante as homenagens, os militares se solidarizaram com os familiares da vítima e mostraram tristeza por mais uma perda dentro da corporação. “Não temos dúvida que onde ele estiver, estará olhando por todos nós. É mais um militar que teve a vida ceifada”, lamentou.

Latrocínio ou execução?

Por volta das 15h, o sargento foi morto em frente à agência bancária do Bradesco, na Avenida Fernandes Lima. Ele acabara de sacar dinheiro do banco, R$ 7.500, que não chegou a ser levado pelos criminosos, além de dez folhas de cheque.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda chegou a ser acionada, mas já encontrou o militar em óbito. Ele foi morto por um único tiro, que atravessou o braço, atingindo o coração.

A ação foi praticada por dois homens armados e a polícia tenta identificá-los através das imagens de câmeras instaladas na agência e também num lava-jato próximo ao local onde ocorreu o crime. A ideia é tentar reconstituir os últimos passos da vítima e também o momento do assalto.

A primeira hipótese para o crime foi de latrocínio – roubo seguido de morte. No entanto, como o dinheiro ou qualquer outro objeto da vítima não foi levado pela dupla, a polícia começa a trabalhar as investigações tratando o caso como execução.

Várias testemunhas começaram a ser ouvidas pelo delegado Denisson Albuquerque, do 7º Distrito Policial, responsável pelas investigações. O prazo de conclusão do inquérito é de 30 dias, podendo ser prorrogado.

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