Dias antes do início do carnaval e com a possibilidade real de paralisação da polícia, as associações de militares acreditam no “bom senso” do governo para atender as reivindicações feitas na última semana durante assembleia e evitar uma greve no período festivo.

O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas(Assomal), Major Fragoso, acredita no bom senso do governo para evitar qualquer tipo de indisposição com a PM. “Acredito que o governo irá usar o bom senso e atender as nossas reivindicações. Caso isso não aconteça, o que achou pouco provável, nós iremos decidir em outra assembleia qual decisão tomar”, afirmou.

Já o representante da Associação do Subtenentes e Sargentos PM e CBM de Alagoas (Assmal), Sargento Teobaldo, também acredita que o governo possa atender as reivindicações mas descarta exigências e aponta direitos da PM. “O governo deve atender as reivindicações porque sabe dos nossos direitos. Caso não sejamos atendidos, não iremos deliberar e vamos decidir em nova assembleia a possibilidade de aquartelemanento”, disse.

O sargento afirmou ainda, que a contraproposta apresentada ao governo, não se trata de uma exigência e sim, de um direito dos militares. Segundo Teobaldo, a classe não pede aumento e sim o cumprimento de uma lei, que aponta um reajuste de 7% que está defasado de 2007, com mais 8%, além de melhorias nas condições de trabalho.

Sobre a possibilidade de greve, o sargento Teobaldo afastou qualquer comparação da movimentação da PM de Alagoas, com as situações dos Estados da Bahia e do Rio de Janeiro, que estão em greve. “Não podemos fazer qualquer tipo de comparação, porque cada polícia tem as suas especificações e reivindicações. Nós estamos realizando reuniões constantes com o governo e na Bahia e no Rio me parece que não existem essas conversas. A única coincidência é o período em que essas situações estão acontecendo”, finalizou.