Atualizado às 23:36

Depois de presenciar dois ataques a ônibus coletivos em menos de 48 horas, a polícia confirmou um terceiro ato terrorista por volta das 22h30 desta quinta-feira (15). Desta vez foram dez homens armados que atacaram um ônibus da empresa Tropical, da linha Rio Largo/Gustavo Paiva quando este passava pelas imediações do conjunto Eustáquio Gomes.

O bando chegou atirando para o alto,  invadiu o coletivo, assaltou alguns passageiros, ordenou que se retirassem  e depois  incendiou o veículo. O motorista, identificado como Haroldo Júnior Pereira dos Santos teria entrado em pânico e perdido o controle do ônibus.

Outro ataque na Cambona

No início da noite, outro ônibus da Empresa São Francisco foi atacado e depois queimado quando passava próximo ao Sesi da Cambona.

De acordo com os passageiros do ônibus quatro ou cinco homens pararam o coletivo e  ao apontarem  revólveres contra o motorista,  gritaram para os passageiros saírem, jogaram combustível no veículo e depois atearam fogo.

No momento em que o ônibus pegava fogo, o grupo ainda pregou dois cartazes com frases semelhantes a uma ação ocorrida no bairro do Tabuleiro no mês passado, que diziam: "Queremos melhorias nos sistemas carserarios (Assim escrito de forma errada). 100% favela" e "Contra a opresões (sic) das cadeias".

O motorista do ônibus ficou em choque, depois de ser encharcado com combustível. Por um momento achou que podia ser queimado junto com o coletivo. O Corpo de Bombeiros foi chamado e logo controlou o fogo.

Ontem no Jacintinho mais um ataque

Hoje à tarde, por conta do incêndio de ontem (Fotos), as empresas de ônibus decidiram não circular com seus veículos no Jacintinho. Este novo incêndio fez com quê, de acordo com o  apurado pelo Cadaminuto, os empresários conversassem e marcassem uma reunião onde medidas mais drásticas, como a suspensão total da circulação dos coletivos possam ser tomadas.

O Cadaminuto conversou com dois empresários e eles se mostraram preocupados com a situação,um deles explicou que está tentando contato com a secretaria de segurança.

Antes destes três ataques, outro ônibus já havia sido incendiado no bairro da Forene, no início do mês passado. Na ocasião foram deixados cartazes assinados pelo PCC, organização criminosa de São Paulo.

Motorista quer parar

O sindicato dos rodoviários não se manifestou, mas já existe uma movimentação de motoristas e cobradores buscando uma ação mais efetiva por conta da secretaria de segurança pública do Estado.

“Por mim todos paravam, nós vamos dirigir um ônibus e de repente um grupo deste vem e toca no fogo no veículo, hoje o colega podia ter sido atingido, amanhã pode ser eu” disse um motorista que passou pelo local do segundo incêndio.