Mesmo sem financiamento de Marinha, EISA é realidade, diz governo

13/11/2011 16:50 - Economia
Por Redação
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De acordo com o governo do Estado, o anúncio de que o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) cancelou o pedido de financiamento para a construção de quatro estaleiros no Brasil, entre eles o EISA em Alagoas não muda o cronograma que foi definido pelo governador Teotônio Vilela no último encontro que ele teve em Brasília com a ministra -chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann no último dia 25 de outubro.

Na reunião o governador anunciou que o estaleiro deve começar suas obrar em março, 60 dias após a aguardada aprovação, por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), da licença ambiental, que é esperada até meados de janeiro.

Mesmo com o otimismo do governo, o anúncio do CDFMM aumenta a série de problemas que o governo alagoano vem enfrentando para concretizar sua maior promessa de campanha, que segundo dados do próprio governo, deve oferecer 10 mil empregos diretos e cerca de 40 mil indiretos.

Problemas

Além do cancelamento do financiamento do Conselho da Marinha existe a própria licença ambiental do IBAMA, que até hoje não foi aprovada (Aprovada por enquanto apenas a licença do IMA, que era necessário para que o estaleiro participasse de licitações), além da falta de garantias da Petrobrás para que o estaleiro construa os navios.

Como se não bastasse existe o desgaste do secretário responsável por tocar o projeto, Luiz Otávio Gomes, que está as voltas de um escândalo envolvendo o Banco Pan Americano.

As críticas aumentaram e até antigos defensores do empreendimento, como o deputado estadual João Beltrão, pai do atual prefeito de Coruripe, cidade onde ficaria sediado o estaleiro, não acreditam mais no sucesso da empreitada.

Empresário ainda confiante

O empresário German Enfromovich, responsável pela construção do estaleiro, falou pela última vez a imprensa alagoana em uma coletiva durante o último mês de setembro, ele falou das dificuldades do projeto.

“Se tentou cortar caminhos – conseguindo a licença ambiental com o Instituto do Meio Ambiente (IMA) – mas não foi possível, já que a prerrogativa é do Ibama. O empresário salientou que há uma lista de critérios exigidos pelo Ibama que estão sendo resolvidos passo a passo. Sem estimar data, destacou que a licença ambiental pode ainda ser expedida no final do ano, mas especificamente no mês de dezembro” disse ele.

“É toda uma cadeira produtiva que será gerada, pois vamos fazer questão de incentivar os fornecedores locais para consumir o que for necessário para o Estaleiro, como refeições, ferramentas. Há toda uma preocupação com o desenvolvimento destas regiões”, salientou ainda Enfromovich, durante a entrevista coletiva. De acordo com ele, a demora para o início das obras se dá em função da burocracia.

“Para se ter ideia, uma das exigências era coleta de amostras no mar durante a quatro estações do ano. Ora, não há atalho para isto. Mas já fizemos quase tudo e será entregue ao Ibama. Como o processo já está em andamento, não iremos para o fim da fila. O estaleiro é uma realidade”, colocou ainda. Segundo ele, depois de emitida a licença ambiental, o empreendimento deve ficar pronto em três anos.
 

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