Seis oficiais da Polícia Militar de Alagoas se encontram detidos na Academia da Corporação(APM) por diversos motivos. Eles responderam a processos administrativos e não tiveram sua defesa aceita pela Corregedoria da PM.

Um desses militares entrou em contato com a reportagem do Cada Minuto relatando as prisões e classificou como arbitrária a atitude do Comando. “É inaceitável que os militares que defendem a sociedade sejam tratados dessa maneira. Se faz necessária uma melhor apuração dos fatos, não se pode acreditar em fofoca”, expôs o oficial que solicitou que sua identidade não fosse revelada, por receio de outras medidas punitivas.

O presidente da Associação dos Oficiais da PM, Major Fragroso, comentou a prisão dos militares e se mostrou indignado com o fato. “Apenas policiais militares são presos, isso é uma absurdo. Teoricamente, fofocas e intrigas não podem ser levadas em consideração diante de um processo administrativo, são os nomes dos companheiros de farda que estão sendo jogados na lama”, colocou o major.

Ainda segundo ele, o Rdpmal (Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Alagoas) é muito parecido com o regulamento do exército brasileiro. “As detenções deveriam ser realizadas após uma séria apuração, são policias que estão à disposição do povo alagoano”, exclamou Fragroso.

O denunciante informou também que nos últimos meses vem acontecendo, de forma acentuanda e até irresponsável, a prisão de policiais militares. “Essas prisões desprovidas de argumentos só desgastam a imagem do policial militar, que dá a vida pela sociedade”, lamentou o oficial.

A assessoria do Comando da Polícia Militar de Alagoas assegurou, via telefone, que todas as detenções aconteceram após um processo de rigorosa apuração.

Os militares que se encontram na detenção da APM foram identificados como coronel Sarmento, tenente-coronel Expedido, major Quivéis, tenente Sanches e os capitães Eugênio e Rocha Lima.

Motivos: Ainda segundo informações, o Coronel Sarmento foi detido por problemas envolvendo loteamento de terras; TC Expedido foi detido por não ter se apresentado ao superior imediato, após retorno do período de férias. Já no caso da Major Quivéis foi relacionado à elaboração de um processo disciplinar, neste caso, ISO. E as punições dos capitães seriam,a principio, uma repreensão verbal que foi convertida em prisão.