Uma procura pelo PSOL como um "sol" para 2012

26/09/2011 07:05 - Blog do Vilar
Por Redação

A legenda de esquerda PSOL monta um projeto para as eleições de 2012. De acordo com o presidente municipal Alexandre Fleming, abre-se diálogos com PCB, PCR e PSTU na busca de unir forças em torno de uma nova esquerda. Sobretudo, porque na visão dos que estão na nova esquerda, aquela velha esquerda – PDT, PT, PCdoB – já deixou de ser esquerda faz tempo, em função do leque amplo de alianças com setores tradicionais da política.

O PSOL caso consiga a aliança que almeja, encabeçará a chapa com o próprio Fleming como candidato à Prefeitura de Maceió, ao menos no cenário que é posto hoje, caso se consolide uma aliança. Alexandre Fleming já disputou uma das cadeiras da Câmara Federal, em 2010, e – mais recentemente – foi o condutor do diretório municipal dentro de uma crise interna vivenciada pelo partido. Para além da majoritária, a agremiação busca manter os espaços conquistados na Câmara Municipal de Maceió.

Nas eleições municipais passadas, o PSOL fez dois vereadores. É o que se quer para 2012, tendo a candidatura de Heloísa Helena como “ponta de lança”, em função de sua densidade eleitoral. Fleming destacou – em recente conversa com este blogueiro – que o partido apresentará um programa factível na busca de manter os espaços, ou até mesmo ampliá-lo, quem sabe até com três nomes na bancada. “Vamos apresentar o nosso programa para a sociedade e caberá a ela (a população) analisar. Temos uma proposta diferente para a cidade, com um conteúdo programático que será detalhado”, colocou.

Sobre a candidatura para prefeito, Alexandre Fleming destaca que o foco são as eleições para o diretório municipal do partido. Ele deve ser conduzido ao cargo de presidente. Porém, não nega que as discussões já acontecem e que seu nome está posto como pré-candidato do partido. “Por enquanto não há outro nome, mas no PSOL as decisões acontecem em discussões e dentro de um processo democrático”, frisa.

Neste contexto, um fato inusitado: O PSOL tem sido procurado – segundo fontes – por várias neo-políticos e candidatos profissionais que tentam chegar à Câmara de uma maneira mais fácil. A lógica destes se sustenta na densidade eleitoral de Heloísa Helena. Ela repetiria a façanha da eleição municipal passada e seriam necessários poucos votos para se fazer o segundo. E quem não quer ser o segundo, não é mesmo?

Indaguei Alexandre Fleming sobre o assunto. Ele – cautelosamente – disse: “não é privilégio do PSOL estas buscas por filiação. O momento é de arrumação, ainda mais com o prazo se encerrando. Outros partidos também devem estar passando por isto. Agora, aqui no PSOL as candidaturas são decididas em processo democrático. Não há garantias para qualquer pessoa de que ele se filiando já seja imediatamente candidato. O que se discute é um projeto. Algumas novas filiações compreendem este projeto. Em outros casos, estamos discutindo, mostrando o partido e apresentando o conteúdo programático”.

 

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