Carta deixada por atirador em escola do RJ não menciona infecção por HIV

07/04/2011 14:29 - Brasil/Mundo
Por Redação

A carta deixada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, na escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste, na manhã desta quinta-feira (7), não menciona que ele teria o vírus HIV. No ataque, 11 crianças morreram e outras 13 ficaram feridas.

Em entrevista dada por volta do meio-dia, o subprefeito da Zona Oeste do Rio, Edimar Teixeira, havia informado que o atirador deixara uma carta antes de se matar, e que conteria a informação. Posteriormente, a íntegra da carta foi divulgada, e não havia menção a HIV.

Ronaldo Cunha, assessor do subprefeito, alega que os jornalistas entenderam errado. “As informações sobre a carta e sobre o fato de ele ter HIV estavam isoladas. No calor do momento, os jornalistas entenderam errado”, declarou o assessor. O assessor ainda informou que em nenhum momento o subprefeito teve acesso a carta. “Ele ouviu dentro da escola que haveria indícios de que este atirador poderia ter HIV."

Atirador
Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.

Ele é ex-aluno da escola onde foi o ataque. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.

A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.

Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola.

O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz que foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial.

A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.

Sobrevivente conta como foi
Uma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.

“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola.

“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.

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