Caso Renildo: Câmara Criminal julga apelação dos condenados

14/09/2010 13:25 - Maceió
Por Redação

Acontece amanhã, 15 de setembro, às 9 horas, na Câmara Criminal a audiência de apelação dos condenados pelo assassinato do vereador Renildo José dos Santos, ocorrido em 1993, em Coqueiro Seco.

O relator do processo é o desembargador Mário Casado Ramalho, que será analisado pelos também desembargadores, Sebastião Costa Filho, Otávio leão Praxedes e o juiz Celino Adamastor Acyoli.

O julgamento do Tribunal do Júri que condenou os réus aconteceu em 2006, 13 anos após o crime devido aos vários recursos impetrados pela defesa para adiar o julgamento. Foram considerados culpados pelo crime o fazendeiro José Renato Oliveira Silva e os militares Luiz Marcelo Falcão, Antônio Virgílio dos Santos Araújo, Walter da Silva e o ex-militar Paulo Jorge de Lima.

Um crime que chocou Alagoas, repercutindo internacionalmente ainda espera por um desfecho por parte da justiça. Na madrugada de 10 de março de 1993 o então vereador da pequena cidade de Coqueiro Seco foi brutalmente arrancado de sua residência, torturado e esquartejado. Tendo as partes de seu corpo desovadas em vários pontos diferentes. Tudo, segundo os autos por se assumir homossexual.

Segundo o advogado da família de Renildo, Everaldo Patriota, o acusado tentou por várias vezes assassinar o vereador. “Nunca houve morte tão anunciada, tantas vezes tentada e tantas vezes executadas. A decisão de matar José Renildo dos Santos partiu pelo simples fato que a dominação do acusado, José Renato não podia ser contestada, por quem quer que fosse. Muito menos pela pessoa da vítima, considerada pelo acusado, anormal em virtude da sua orientação sexual ”.

“Renildo era uma pessoa simples e que lutava pelos seus direitos e dos cidadãos de Coqueiro Seco, tornou-se um símbolo da luta pelos direitos humanos em Alagoas, para a sociedade é importante que a justiça de uma resposta definitiva para esse caso, afinal de contas esse crime ocorreu há mais de 17 anos e os acusados ainda gozam da liberdade, dando uma sensação de impunidade que não podemos aceitar.” Afirma Cláudio Beirão, presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos de Maceió e foi advogado de Renildo no Mandado de Segurança contra Câmara de Vereadores que havia cassado o mandato e posteriormente o primeiro assistente de acusação na ação penal.

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